sexta-feira, 12 setembro, 2025
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Coluna de Erico Mórbis: Haverá ressurreição? Tomara!

Todos nós temos consciência de que essa eleição é a mais disputada e importante de nossa história e sabemos todos que a presença da tecnologia, principalmente do acesso e uso da rede provocou um fenômeno novo, diferente. Não é mais escolher um nome, um candidato. Estamos decidindo muito mais coisas e que irão mudar nossas vidas. Mesmo que o vencedor seja o atual mandatário.

Foi preciso um rápido e minucioso aprendizado pra entender mensagens, decifrar mentiras, conviver com bateria diária de informações.

E aí vamos chegar no seguinte: ninguém conseguiu fica neutro, silente, mudo e não ouvir ou participar.

E isso foi bom, muito bom. A sociedade precisa revelar seu gosto, indicar caminhos mesmo que sendo através de escolha de nomes. Somos uma Republica presidencialista e portanto, pro parlamento já definimos quem queremos lá no Congresso. E como aqui nesse Brasil o presidente manda, a escolha do próximo está sendo bem aguerrida.

Confesso que pensava ou ainda penso, que alguns setores, não, melhor, alguns profissionais não deveriam escolher publicamente um lado.

Jornalistas, por exemplo. Sou daqueles que sempre fui ouvir mais de um jornalista, pra depois formar minha opinião. Mesmo sabendo que fundamentos ou princípios eles pessoalmente possuíam. A isenção, tão proclamada em todo os lugares e sempre! me fez refém da informação e consequente, na maioria das vezes, a análise e aí comigo mesmo, enraizar, consagrar a opinião pessoal.

Aprendi a conhecer editoriais, colunistas, que aí sim mostram uma posição, um lado.

Mas a informação sempre foi desejada e aceita quando isenta, rica no conteúdo mas deixando a avaliação pro leitor! Pro telespectador! Pro ouvinte!

Claro, claro, essa eleição ficou muito agressiva, envolvente, difícil imaginar ou querer isenção. Nunca tinha ouvido um ex-ministro do STF declarar voto. E agora tem vários fazendo isso.

E isso se viu nos padres, pastores. Falar está sendo fácil!

E pra piorar ou temperar pra pior, o mundo togado decidiu ser militante, afrontar tabus e ouso dizer que até contrariar dispositivos da CF.

Então, também cabe ressaltar que nossos advogados, a quem todos nós sempre destinamos a a função de ser o primeiro que consultamos, estao muito quietos, no limite da militância.

Nesse domingo à noite já teremos o próximo presidente. Aí vamos fazer projeções, como se dará a gestão nesses próximos quatro anos.  A disputa, já disse aqui, dividiu o eleitorado. O país. E nenhum dos dois candidatos parece reunir qualidades capazes de atrair, sensibilizar o vencido.

Vamos tentar, começando pela ressurreição dos amigos jornalistas! Do retorno da notícia isenta!

Do advogado independente. Fazem muita falta!

E acho que somente eles serão capazes de evitar que esse treino de censura continue.

Fora qualquer censura! Não quero Camões nem receitas! Nunca mais!

Voltem, pelo amor de Deus!

(*) Éricoh Morbiz foi diretor da CIC, dirigiu sindicato patronal de shoppings em Curitiba e é tido como um dos bons “olheiros do futuro” do país.

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