sábado, 31 maio, 2025
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CMC comemora Dia da Comunidade Árabe

CMC – Nesta quarta-feira (26), a Câmara Municipal de Curitiba promoveu uma sessão solene em homenagem ao Dia Nacional da Comunidade Árabe. A iniciativa do evento foi do vereador Rodrigo Reis (União) e a sessão teve a presidência do vereador Professor Euler (MDB). Compuseram a mesa: deputada estadual Flávia Francischini; Mouth Ibrahim, presidente da Sociedade Árabe Beneficente; Sayed Amir Hachem, líder religioso da Mesquita de Curitiba Imam Ali Ibn Abi Tálib A.S.; Xeique Vahid Khodabakhshi; Santin Roveda, secretário de justiça do estado do Paraná, representando o governador Ratinho Júnior; Nizar Hussein Hachem, cônsul honorário do Líbano; Gourg Abdullah, cônsul da República Árabe da Síria; Rached Traya, médico proctologista e diretor-presidente da Unimed Curitiba; Julieta Reis, ex-vereadora; e padre Simão Nasri da Igreja Ortodoxa Antioquina São Jorge.

Para Rodrigo Reis, proponente da homenagem, a comunidade árabe de Curitiba foi um dos grupos étnicos que mais contribuiu para o desenvolvimento da cidade. “A comunidade árabe em Curitiba adiciona ao nosso espaço urbano valores culturais, educacionais, artísticos, religiosos, científicos e econômicos”, disse o parlamentar. Ele destacou que se trata de um grupo com considerável presença no comércio da cidade. “Extremamente trabalhadores, geram empregos e renda. Representantes de uma cultura milenar, são amplamente merecedores de reconhecimento e exaltação”, disse Reis.

Foto: Carlos Costa/CMC

Professor Euler, presidente da mesa, deu início à sua fala contando que, quando chegou a Curitiba, aos 21 anos de idade, foi recebido pelo casal Marco Antônio Fatuch e Alice Fatuch, integrantes da comunidade árabe da cidade. “Com eles, tive a oportunidade de conhecer melhor a cultura árabe e os hábitos da comunidade. É um grande prazer estar entre os senhores e as senhoras”, declarou o vereador. Euler destacou que, quando se fala em imigração em Curitiba, costuma-se lembrar dos alemães, italianos e poloneses, mas seria uma injustiça não frisar a importância da comunidade árabe, “não só para a construção da cidade de Curitiba, como também para o estado do Paraná e para o Brasil”, enfatizou Euler.

Presença árabe

Em nome da comunidade árabe, falou inicialmente o historiador e pesquisador Gehad Hajar. “Agradeço a homenagem promovida pela Câmara Municipal de Curitiba à comunidade árabe em nome de meu pai, um desses migrantes que chegou ao brasil sem nada e foi de mascate a comerciante”, disse Hajar. Ele lembrou de um antigo ditado árabe segundo o qual, aquele que dá algo, marca a sua gratidão sobre a areia, porque deve esquecer o bem que faz; porém aquele que recebe algo, deve gravar a sua gratidão no bronze.

De acordo com Gehad Hajar, o mais antigo documento que mostra a presença de um árabe no Brasil, à época um cristão novo, convertido à força e que teve de esconder a fé islâmica, é justamente a ata da primeira cidade portuguesa no sul do Brasil: a então Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá. “Por ocasião do erguimento do pelouro de Paranaguá em 1647, praticamente todos os participantes não sabiam ler. O escrivão escolhido para preencher a ata relativa ao evento, aproveitando que nenhum dos presentes perceberia, registrou a etnia árabe assinando ‘Bassan’, um típico nome árabe, de uso proibido naquele momento”, contou Hajar.

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