Assessoria – O prefeito Chico Brasileiro (PSD) disse nesta segunda-feira, 2, que as cidades da fronteira trinacional formada por Foz do Iguaçu, Ciudad del Este, Hernandarias e Presidente Franco e Puerto Iguazú formam o maior polo urbano do Mercosul, reunindo cerca de um milhão de pessoas. “Há muito anos temos uma integração de fato, marcada pelo turismo, comércio e cultura e agora estamos avançando na regulamentação de políticas públicas e de outras relações econômicas e sociais. Não há mais como planejar ações de forma isolada em várias áreas como turismo, meio ambiente, mobilidade, saúde e logística”, disse Chico Brasileiro aos mais de mil congressistas reunidos pelo Sebrae nacional no Hotel Mabu.
“Estamos na fronteira com mais de 80 etnias sem nenhum conflito étnico ou religioso e vivemos em paz e harmonia entre os três países. Somos um centro internacional de turismo, um centro de compras de produtos importados, um centro de logística do Mercosul e um dos principais portais de entrada do país”, completou o prefeito.
Chico Brasileiro afirmou que as cinco cidades da fronteira estão recebendo grandes investimentos públicos e privados que apontam um novo ciclo econômico e social na tríplice fronteira. “No campo institucional, vários acordos no âmbito do Mercosul estão sendo firmados e que precisam ser regulamentados e os governos estaduais e as prefeituras já instituíram grupos de trabalho para ações conjuntos nas áreas de saúde, turismo, segurança pública e meio ambiente, por exemplo”, disse.
O prefeito também citou a intenção do presidente do Paraguai, Santiago Peña, de criar mais de 100 mil empregos na zona de fronteira com Foz do Iguaçu e conversou com o governador ratinho Júnior (PSD) para para que empresas paranaenses, como a Sanepar, venham operar no saneamento em Ciudad del Este. “Há um grande entendimento e o desenvolvimento da região de Ciudad del Este significa mais um grande impulso para a economia de Foz do Iguaçu”.
Atenção diferenciada
O prefeito também citou ainda o acordo bilateral entre o Brasil e o Paraguai que reconhece que as cidades fronteiriças demandam de uma atenção diferenciada pelos governos dos dois países. O acordo, segundo Brasileiro, dará o embasamento e a segurança jurídica para uma integração que já existe de fato na fronteira. “Essas ações já são estudadas por grupos de trabalho dos dois países. Temos um grande exemplo que é o aproveitamento hidráulico do rio Paraná que resultou na Itaipu Binacional”, disse.
A integração do comércio bilateral e logístico e do turismo, para Chico Brasileiro, requer um plano conjunto de mobilidade urbana e ambiental. “Temos uma nova ponte, a da integração, e Presidente Franco está revitalizando seu marco de fronteira. Então, temos que considerar todo tráfego de mercadoria, estamos fazendo grandes obras de infraestrutura para isso, assim como novas atrações turísticas próximas como o marco paraguaio, o salto Monday e a segunda ponte”.
“Teremos um impacto maior no trânsito de pessoas e de mercadorias entre os dois países. E precisamos também dar uma atenção especial ao Rio Paraná, aos seus afluentes, ao lago Itaipu, que são os nossos principais ativos ambientais e turísticos”, completou.