Assessoria – Dados da Secretaria de Saúde do Paraná mostram que entre janeiro e outubro de 2025, o estado registrou queda de mais de 80% nos casos de dengue e óbitos relacionados à doença em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda assim, a chegada da temporada mais quente e chuvosa do ano reforça a preocupação com a proliferação do Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunya.
“Em Curitiba, as ocorrências este ano foram inferiores aos casos registrados em 2024, mas ainda muito acima do que em anos anteriores. Agora estamos entrando no período de elevação gradativa do número de notificações e regiões como oeste e norte do estado já apresentam situações de alerta”, aponta Moacir Pires Ramos, médico cooperado da Unimed Curitiba especialista em infectologia e epidemiologia.
Verão 2025-2026
O cenário climático para a região Sul do Brasil no próximo verão será influenciado pelo fenômeno La Niña, que promete uma temporada com clima mais seco que a média histórica e temperaturas elevadas. Condição favorável à multiplicação dos mosquitos. Por isso, o coordenador médico do Núcleo de Epidemiologia da Unimed Curitiba alerta para algumas ações que podem ajudar a prevenir a proliferação dos vetores das doenças.
- Não deixar água parada em pneus, vasos de plantas, calhas, lixeiras;
- Usar repelente a base de DEET, IR3535 ou Icaridina;
- Instalar telas em janelas e portas e usar mosquiteiros nas camas;
- Acompanhar a situação de transmissão de dengue nas regiões onde irá viajar no final do ano;
- Vacinar-se contra a dengue.
Sintomas
O infectologista também atenta para os sintomas da dengue, que podem ser confundidos com gripe.
- Febre alta;
- Dor no corpo e nas articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
Outros sinais como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, sangramento de mucosa e irritabilidade podem indicar um agravamento do quadro.
“Visite um médico e explique seus sintomas. O diagnóstico correto só pode ser feito pelo especialista e é a forma mais segura de tratar a enfermidade. Não se automedique porque existem remédios que aumentam o risco de hemorragias e agravam a doença. Hidrate-se e repouse”, orienta o especialista.
