quarta-feira, 19 novembro, 2025
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Cartas: esquecida pelo INSS

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Senhor jornalista,

Bom, tentarei resumir: em 2019, tive problemas em consequência de depressão associada a ansiedade. Eu sentia dores terríveis em várias regiões do corpo, fui a vários médicos: psiquiatra, psicólogo, reumatologista, etc… O diagnóstico foi de fibromialgia.

Em 202,0 estive em cadeira de rodas, mas com o avanço da COVID não conseguia perícia presencial no INSS, o médico trabalhista da época não liberava meu retorno ao trabalho e o INSS não dava resposta. Precisei que minha advogada entrasse com pedido na justiça pra obter o parecer, que foi indeferido.

Continuei com a peregrinação: atestados médicos x INSS, alguns deferidos outros indeferidos. Depois da cadeira de rodas (que graças a Deus me livrei), descobri uma bursite no fêmur direito, com o retorno ao trabalho consegui outra bursite no fêmur esquerdo. Nesse vai e volta ao trabalho atualmente estou com a coluna bastante comprometida e a última perícia, dia 03/06/22 ,o INSS indeferiu o pedido de afastamento.

Sou agente comunitária de saúde, meu trabalho é andar de casa em casa visitando pacientes. Não tenho mais condições pra andar tudo isso. Há dois anos, não temos médico trabalhista no município. Fiquei mais de um ano sem receber do INSS pq não havia perícia presencial e online não dava resposta e a prefeitura não pagava porque não estava trabalhando.

Pedi no município, agendamento de médico da saúde do trabalho e também não consegui. Segundo a enfermeira chefe não tem essa especialidade no nosso município. Utilizo bengala pra me locomover, mas agora com toda a piora, 500 metros de subida ou descida é o máximo que aguento.

O que eu faço A situação é de desespero já.

Obrigada,

SÍLVIA – CAMPO MARGRO (PR)

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