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Lauro Jardim – O Globo
Falta um mês para a eleição e o que se desenha nas campanhas dos líderes das pesquisas é um confronto de discursos sobre o mesmo assunto: a economia. Pautas comportamentais e a guerra santa — temas empurrados ao debate pelo bolsonarismo — serão, claro, itens importantes do marketing eleitoral nesses últimos 30 dias. Assim como corrupção. Neste caso, um assunto que os dois lados têm munição para atirar sobre o outro.
Mas o campo de jogo nesta reta final será a economia. Um campo de jogo que inicialmente era o PT quem queria jogar. Desde sempre a campanha de Lula não se cansa de repetir que a campanha petista será centrada na inflação alta, na queda de renda do brasileiro, na fome provocada pela desigualdade e baixo crescimento do PIB. É um mote baseado em pesquisas. Todas elas apontam que hoje a maior preocupação do brasileiro é o desemprego e o custo de vida. Quase metade dos eleitores apontam esses como os problemas prioritários a serem resolvidos. A corrupção, que entre 2015 e 2018, era de longe o que mais atormentava o brasileiro, hoje é a quarto ou quinto motivo de inquietação, segundo as pesquisas.
O motivo foi o crescimento do PIB superior ao esperado, de uma queda no desemprego também acima do que era previsto e também do aumento da renda do trabalhador pela primeira vez desde o início deste governo — além da queda da inflação.
Portanto, o que se desenha para setembro é as duas campanhas centrando fogo na economia. Uma vai dizer que estamos em crise (ou em falsa recuperação). E a outra vai bater na tecla que o céu está voltando a ficar azul.
