Assessoria – O diabetes é uma das doenças crônicas que mais avançam no Brasil. Enquanto nos anos 2000 cerca de 3 milhões de brasileiros viviam com a doença, hoje já são 16,6 milhões de diagnósticos em pessoas entre 20 e 79 anos. Os dados são do Atlas de Diabetes e projetam que em 2050 esse número deve chegar a 24 milhões de pessoas.
A condição é caracterizada pelo excesso de glicose no sangue e se subdivide em diferentes tipos: I, tipo II, gestacional e aqueles desenvolvidos pelo uso de medicamentos, como quimioterápicos, por exemplo.
De acordo com a endocrinologista e médica cooperada da Unimed Curitiba, Gabriela Kramer, a longo prazo a doença pode levar a problemas do coração, de circulação e articulações, pressão alta, AVC, alterações na retina, nos olhos e, em casos mais graves, à amputação de membros e à morte.
Já no curto prazo, alerta a médica, pode haver episódios de hipoglicemia quando o nível de açúcar no sangue cai. “Pacientes com diabetes precisam monitorar a sua glicose. Se usa medicamentos para baixar essa glicemia, mas a dose não está bem ajustada ou se por engano aplica uma dose maior, ou ainda se pula uma refeição, o açúcar baixa porque o remédio continua agindo, o que pode levar à hipoglicemia, com perda de consciência, tontura, mal-estar, visão borrada e até coma.”
Outra complicação aguda é a hiperglicemia, quando os níveis de açúcar no sangue estão muito elevados. Este quadro pode evoluir para a cetoacidose diabética, que inclui danos cerebrais, coma e pode levar o paciente a óbito.
Entre os sintomas mais comuns dos diferentes tipos de diabetes estão: o aumento da vontade de urinar, aumento de sede e da fome, e perda de peso.
Apesar da predisposição genética e, no caso do diabetes tipo I ser uma doaneça autoimune, a médica alerta que outros fatores também contribuem para o desenvolvimento do diabetes tipo II, como o consumo excessivo de ultraprocessados, pouco exercício físico e a obesidade, que tem crescido principalmente entre crianças e adolescentes.
O cuidado com doenças crônicas deve ser diário para manter o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes. Clientes da Unimed Curitiba com diabetes tipo I e II, hipertensão, dislipidemia ou cardiopatias em geral podem participar gratuitamente do programa Bem-Estar & Saúde. Uma equipe multiprofissional especializada acompanha a atua na prevenção da piora dos fatores de risco e oferece um conjunto de ações que combinam encontros virtuais, telemonitoramento, visitas presenciais e dispõe de canais digitais exclusivos para solução de dúvidas e orientações de cuidado com a saúde.
De acordo com a médica especialista, o tratamento passa pela mudança de estilo de vida, nos casos necessários pelo uso regular de insulina e outros medicamentos, entre eles, as canetas de semaglutida ou tirzepatida.
“Esses injetáveis que têm sido usados para tratar obesidade, foram desenvolvidos inicialmente para tratar diabetes. O problema é que começou um uso desenfreado equivocado para pessoas que não têm indicação, ou usando por conta sem acompanhamento médico e isso traz consequências, porque o medicamento faz uma reprogramação metabólica, e a longo prazo pode levar ao ganho de peso novamente”, diz Gabriela.
Para saber mais sobre o programa Bem-Estar & Saúde e conferir os pré-requisitos para participação, acesse.