CMC – “Temos a obrigação de cuidar das famílias com crianças autistas, pois, em redes sociais, há o perigo de uma mãe receber uma orientação equivocada ou até mesmo maldosa, no momento em que precisa de conhecimento técnico para cuidar de seu filho ou filha”, diz Sargento Tânia Guerreiro (União), na justificativa do projeto que cria o Programa de Amparo às Mães e Tutores de Pessoas com Autismo. A iniciativa foi protocolada na Câmara Municipal de Curitiba no dia 11 de abril e ainda tramitará pelas comissões antes de ser votada em plenário.
O projeto de Tânia Guerreiro estabelece que a Prefeitura de Curitiba montará uma equipe multidisciplinar, com terapeutas ocupacionais, com psicólogos e com psiquiatras, para capacitar mães e tutores legais de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos cuidados necessários, além do apoio “durante todas as fases da criança e do adolescente com TEA”. “Os pais que cuidam de crianças com Transtorno Espectro Autista, geralmente, relatam níveis aumentados de estresse, depressão e ansiedade”, constata a vereadora.
A iniciativa recebeu o apoio da terapeuta ocupacional Patrícia Lima, conselheira do Coffito (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), que participou da Tribuna Livre no dia 26 de abril. “Muitas vezes, as mães não podem trabalhar, porque a criança não deixa. O pai não consegue mais dormir à noite, porque a criança se joga, a mãe está irritada. Ou o pai foi embora e é a mãe que tem que lidar com tudo sozinha. Eu não me preocupo tanto com o transtorno, porque a gente tem gente boa fazendo o que tem que ser feito, mas as famílias estão sem suporte”, afirmou a especialista.