Cada vacina é aplicada por R$ 200,00; Prefeitura não conseguiu atender a demanda dos idosos, apesar das promessas do prefeito de que tudo estaria resolvido até 15 de abril.

Aconteceu o esperado: muitos idosos perderam tempo na terça-feira nas filas organizadas pela Prefeitura de Curitiba para receber a vacina do novo coronavírus.
O blog do Tupan relata que centenas de idosos frustraram-se, voltando para casa sem se vacinar. Faltou vacina, ao contrário do que o alcaide Rafael Valdomiro havia garantido. Na verdade, faltou previsão e bom relacionamento do alcaide com as fontes fornecedoras situadas a partir do Ministério da Saúde.
E olha que o ministro Mandetta até esteve apostando muito no Paraná, que disse, semana passada, ver como bem preparado para acolher, nas UTIs, os pacientes infectados.
Mas a vacinação agora frustra o ministro, como me garantem fontes do gabinete de Mandetta.
VACINA PARTICULAR
Enquanto falta a vacina que a Prefeitura tem a obrigação de oferecer, uma outra parte da população está se submetendo a outra situação “emergencial”: paga R$ 200,00 por vacina contra covid-19.
Esses “afortunados”, não são necessariamente da classe alta. Muitos, pelo contrário, são idosos pobres, mas com limitações várias de saúde. Alguns tem restrições motoras.

NEGÓCIO DA HORA
Nesta quarta-feira, pela manhã, a coluna conversou com técnico de enfermagem, a quem nomino como MG. Ele trabalha há 5 anos num dos doze laboratórios que fornecem serviços de vacinação a domicílio.
BONS RESULTADOS
O laboratório de MG fica na rua da Paz, num edifício que acolhe diversos serviços das áreas de saúde. Foi fundado em 2012, é propriedade de um jovem médico, que deve estar muito satisfeito com os resultados de caixa que o empreendimento vem trazendo nestes dias de pandemia: tem cerca de 130 homens e mulheres trabalhando. Trinta deles fazem serviços internos, 100 estão nas ruas aplicando vacinas.
Os pedidos de vacinação domiciliar, só no laboratório em que MG trabalha, são atendidos, pelo menos, depois de 24 horas de solicitação.
E o leitor não se espante: cada vacinador sai de manhã com, pelo menos, 100 vacinas a aplicar. Acho que estão dando conta do recado no dia a dia.
Assim, quando o poder público não dá conta de sua obrigação, a livre iniciativa cresce em tempos de pandemia. Tudo legal, fornecendo nota e atestados competentes.
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PROMESSAS DE RAFAEL

(Do Blog do Tupan)
O despreparo da gestão do prefeito Rafael Greca (DEM) na área da saúde deu para ser sentido na vacinação contra a gripe, iniciada na segunda-feira e que prometia imunizar todos os idosos de Curitiba até dia 15 de abril, em apenas dois dias as doses terminaram, deixando parte do grupo de risco desprotegida.
Agora, a prefeitura espera um novo lote, sem data para ser entregue pelo Ministério da Saúde porque subestimou o número de interessados, para retomar a vacinação.
O ex-vereador Celso Torquato (PDT) foi um curitibano a ficar sem a tão prometida proteção.