quarta-feira, 26 novembro, 2025
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Arcebispo cancela vigília pró-Bolsonaro que ocorreria em igreja

Redação e Plural – O arcebispo de Curitiba, dom José Antônio Peruzzo, determinou que fosse cancelada uma vigília que seria feita na noite desta terça-feira (25), numa igreja do Centro de Curitiba, por partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro. A vigília teve articulação e foi divulgada nas redes sociais da ex-candidata a prefeita Cristina Graeml (União).

Segundo pessoas próximas a Peruzzo, o arcebispo ficou bastante irritado ao voltar de viagem e ver que a vigília estava sendo articulada na sua ausência. Embora não haja um documento formal com a proibição, a ordem dada foi para que nenhuma outra paróquia organize eventos semelhantes.

Na divulgação feita por Graeml, a justificativa era rezar pela saúde do ex-presidente e pela anistia, que deveria ser concedida não só a ele mas também aos “milhares de presos e exilados políticos” do país, numa referência aos golpistas do oito de janeiro de 2023. Mesmo diante da proibição, um vídeo postado nas redes sociais da jornalista registra que os partidários do ex-presidente se reuniram na rua, em frente à igreja.

Jair Bolsonaro teve seu processo no Supremo Tribunal Federal transitado em julgado nesta terça, e começa agora a cumprir a pena de 27 anos a que foi condenado por tramar um golpe de Estado em fins de 2022 e começo de 2023.

Inelegível por 35 anos

CNN Brasil – A condenação de 27 anos e três meses de prisão determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por liderar a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, pode afastá-lo das urnas até completar 105 anos, em 2060. A inelegibilidade de Bolsonaroque pode se estender por mais de três décadas caso não haja mudanças na pena ou na legislação, está ancorada na Lei da Ficha Limpa.

Na prática, aplicada ao caso do ex-presidente, a regra assegura que ele, por ter sido condenado pela Primeira Turma do Supremo, um órgão colegiado, fica impedido de disputar as eleições por oito anos após o cumprimento total da pena, somando 35 anos sem poder disputar eleições.

Desta forma, Bolsonaro pode ficar inelegível nas urnas até 2060, quando completa 105 anos. Atualmente ele tem 70. O ex-presidente foi condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Antes de ser condenado no Supremo, Bolsonaro já tinha sido declarado inelegível até 2030 após condenação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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