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Crítico do fundo eleitoral, o ex-procurador Deltan Dallagnol (PR) pediu à direção de seu partido, o Podemos, uma fatia dos recursos públicos do “fundão” para bancar sua campanha à Câmara dos Deputados deste ano.
Dallagnol argumentou, por meio de sua assessoria, que “não usar o fundo é como ir para a guerra sem armas contra a velha política, que usa não só o fundo, mas dinheiro da corrupção nas suas campanhas”.
“Se os bons não usarem, os ruins usarão e terão mais dinheiro para se eleger, e várias pesquisas já documentaram que existe forte correlação entre recursos investidos em campanha e número de votos”, justificou.
Procurado, o Podemos não informou o valor exato que repassará para Dallganol. Ao todo, o partido recebeu do TSE R$ 212,6 milhões referentes ao fundo eleitoral.
CRÍTICAS
O ex-procurador faz parte do projeto “200+”, que, entre outros pontos, defende a extinção ou a redução do valor do fundão. Este ano, todos os partidos juntos tiveram direito a R$ 4,9 bilhões, quase o triplo do R$ 1,7 bilhão de 2018.
