
Blog Politicamente
A Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) e o Tribunal de Justiça do Parana repudiaram o ataque feito pelo bolsonarista Ivan Rejane Fonte Boa Pinto contra a desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
O Blog Politicamente mostrou que Ivan Rejane, preso em Minas Gerais por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, xingou a magistrada de vagabunda depois de uma decisão que suspendeu a sessão da Câmara Municipal de Curitiba no processo de cassação do vereador Renato Freitas (PT).
O xingamento foi feito pelas redes sociais. “A desembargadora Maria Aparecida de Lima, na base da canetada, devolveu o mandato do vereador Renato Freitas que foi cassado pela Câmara de Vereadores lá de Curitiba. Essa vagabunda, vagabunda, usa da lei para tentar derrubar uma casa legislativa, uma casa que escreve as leis. São os magistrados brasileiros rasgando a Constituição. Esses vagabundos e vagabundas se sentem acima da lei e trabalham com o dinheiro da esquerda: o propinoduto. Está na hora da população brasileira tomar vergonha na cara e e colocar nos devidos lugares estes togados malditos, amaldiçoados”. No finalzinho do vídeo ele diz: “A justiça brasileira é uma vergonha. O dona Maria Aparecida, vai tomar no c* ”
A Amapar, em nota assinada pelo presidente Jederson Suzin, afirmou que “o comportamento apresentado merece censura imediata de toda a sociedade. Infelizmente, de forma sistemática, citado cidadão tem atacado a honra e a imagem da magistratura. No Estado Democrático de Direito, um ataque à figura do Juiz é, sem dúvida, um ataque à sociedade em geral. A magistratura paranaense não irá se intimidar com o comportamento desrespeitoso acima assinalado”.
Ao fim, a entidade que congrega os magistrados em exercício e aposentados do Estado do Paraná, se solidarizou com a desembargadora. “Por essas razões, ao tempo em que a magistratura paranaense se solidariza com a Desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima – exemplo de magistrada e servidora pública –, outorgando a ela o seu mais irrestrito apoio, manifesta repúdio às desmesuradas ofensas irrogadas por Ivan Rejane Fonte Boa Pinto”.
Também em nota, o o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná lamentou os “descabidos ataques proferidos à Excelentíssima Senhora Desembargadora MARIA APARECIDA BLANCO DE LIMA, magistrada que sempre atuou de forma ética, proba e isenta, proferindo decisões técnicas e fundamentadas, com imensurável contribuição para o engrandecimento desta Corte de Justiça. A Administração deste Tribunal de Justiça reafirma ser inegociável o respeito o respeito à mulher, às instituições republicanas e ao Estado Democrático de Direito e, por meio de seus órgãos competentes analisa as eventuais medidas judiciais cabíveis contra o repudiável ato de afronta à independência funcional garantida constitucionalmente à magistratura e à imagem do Poder Judiciário”.
