quinta-feira, 11 setembro, 2025
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Alvaro de olho na vaga de Moro

 Alvaro de olho na vaga de Moro

HOJEPR

Circula nas rodas políticas uma teoria que merece atenção e que dá conta que o senador Alvaro Dias (Podemos) estaria manobrando, em Brasília, para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a reprovação das contas da campanha eleitoral do senador eleito Sergio Moro (União).

A tese que estaria sendo sustentada por Alvaro é a de que, caso a prestação de contas seja reprovada definitivamente, o TSE não confirmaria a vitória de Moro e, dessa forma, daria a vaga de senador ao segundo colocado na disputa, o deputado Paulo Martins (PL).

VAGA NÃO SERIA DEFINITIVA

No entanto, e ainda segunda essa teoria, a vaga não seria definitiva, pois a cadeira de senador seria novamente disputada, em nova eleição, que ocorreria em 2024, junto com as eleições municipais.

É aí que estaria embasada a estratégia de Alvaro Dias para tentar dar uma sobrevida à sua carreira política. Alguns interlocutores próximos ao ainda senador dizem que Alvaro estaria considerando que, com esses dois anos, teria tempo para corrigir os erros da última campanha e, dessa forma, convencer o eleitor a lhe dar mais um mandato.

Candidatos ao Senado pelo Paraná em 2022

TIRO PELA CULATRA

Outra corrente considera que os supostos esforços de Alvaro poderiam se tornar um tiro pela culatra que acabaria por sepultar definitivamente a sua carreira política. É que, lembram eles, a diferença de votos entre Moro e Paulo Martins foi de pouco mais de 250 mil votos, enquanto de Moro para Alvaro foi de mais de 550 mil votos.

Dessa forma, a vantagem numa disputa não seria de Alvaro, mas de Paulo Martins, que entraria numa eventual campanha contra Moro vitaminado por dois anos de mandato como senador, além do seu 1,6 milhão de votos.

ENTENDA O CASO

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) reprovou, por duas vezes, as contas eleitorais da campanha do senador eleito Sergio Moro. Para os técnicos do TRE, há infração grave nas prestações de contas do ex-juiz. O relatório indica sete tipos de gastos que não teriam sido esclarecidos, além de fazer ressalva a outras três ocorrências.

A campanha de Moro apresentou defesa, que não convenceu os técnicos do TRE. O ex-juiz, no entanto, teve o direito, depois da segunda reprovação, a apresentar mais uma defesa. O órgão deve emitir um parecer nos próximos dias e, após isso, encaminhar o caso para a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, que deverá se manifestar sobre o caso. Quando voltar ao TRE, o processo será apreciado em plenário.

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