Assessoria – Com a chegada do frio, o pinhão volta a ser presença garantida na mesa dos paranaenses. A semente da araucária, árvore símbolo do estado, é muito mais do que um costume regional: é um superalimento rico em fibras, minerais e gorduras boas, e traz diversos benefícios para a saúde.
“É um excelente alimento funcional, que fornece energia, melhora a digestão, contribui para o controle do colesterol e ainda promove saciedade”, explica Annie Elize Pereira de Melo, nutricionista supervisora de Nutrição do Hospital Ônix Batel, em Curitiba, que faz parte da Hapvida Clinipam.
A nutricionista explica que 100 gramas de pinhão cozido concentram cerca de 174 calorias e uma composição nutricional poderosa. Essa porção tem 43,9g de carboidratos – o que dá energia para o dia a dia; 3g de proteínas – importante para a manutenção muscular; 15,6g de fibras – que auxiliam no trânsito intestinal, ajudam a controlar a glicemia e proporcionam maior saciedade; 16 mg de cálcio – essencial para ossos e dentes; 53 mg de magnésio – que atua na regulação do sono e do humor; 727mg de potássio – importante no controle da pressão arterial. Além disso, o pinhão contém ômega 6 e ômega 9, ácidos graxos que ajudam na redução do colesterol ruim (LDL) e promovem a saúde cardiovascular.
Assado ou cozido, o alimento pode ser consumido puro ou como ingrediente de pratos salgados. “Ele combina bem com arroz, legumes, carne de panela e até patês à base de grão-de-bico”, sugere a Annie. Para quem gosta de aproveitar a safra por mais tempo, a dica é congelar o pinhão já cozido. “O congelamento a temperaturas abaixo de -18°C mantém as propriedades nutricionais e pode prolongar o consumo por até oito meses. Só não é recomendado recongelar após o descongelamento”, orienta a nutricionista.
Cuidados
Apesar dos inúmeros benefícios, o consumo deve ser moderado. Por conter muitos carboidratos, o excesso pode levar ao ganho de peso. Outro alerta importante é evitar o consumo de pinhão verde, que pode causar desconfortos gastrointestinais e apresentar risco de contaminação por fungos.
Crianças, adultos e idosos podem consumir o pinhão sem contraindicações, desde que não apresentem condições de saúde específicas que restrinjam algum de seus nutrientes. “O ideal é sempre observar a tolerância individual e garantir um preparo adequado e seguro”, finaliza a nutricionista.