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O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT), ingressará com uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Jair Bolsonaro (PL). Ele pedirá que o presidente seja investigado e punido pela prática dos crimes de calúnia e injúria.
Alckmin também solicitará a “adoção de medida cautelar que tenha a finalidade de coibir a reiteração da prática delituosa de assacar mentiras e ofensas à honra do representante”.
No sábado (24), em comício em Campinas (SP), o presidente Bolsonaro, candidato à reeleição, acusou Alckmin de ter roubado a merenda escolar das crianças enquanto era governador de São Paulo. “Do meu lado na minha chapa dois militares soldados do Brasil. Do lado de lá dois ladrões, um roubou o Brasil e o outro roubou merenda”, disse o candidato do PL.
“Evidencia-se que o candidato representado adota como estratégia de campanha a habitualidade de prática criminosa contra a honra de seus adversários, o que precisa ser severamente apurado e punido”, diz trecho da representação preparada pela defesa de Alckmin.
A representação destaca ainda que o ex-governador (então no PSDB) foi investigado, em seu último mandato à frente do estado (2015-2018), no caso que ficou conhecido como “cartel da merenda” ou “máfia da merenda” no governo de São Paulo, “mas que nada foi apurado que o pudesse comprometer”.
“Dessa maneira, requer-se seja estabelecida multa de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para o caso de reiteração das ofensas contra o requerente atinentes ao caso das merendas”, diz a representação.