
Entenda quem puder: o nominado padre Kelmon, escolhido candidato a presidente da República pelo controvertido Roberto Jefferson (PTB), é mesmo um homem polêmico. Por exemplo, não consegue ser claro quando indagado sobre a origem do seu ministério religioso.
Até dias atrás, ele se apresentava (está na mídia) como pertencente a uma suposta Igreja Ortodoxa do Peru, não reconhecida pelas claramente ortodoxas. No Peru, a igreja não é acolhida por ortodoxos.

Agora, Kelmon proclama-se pertencente ao clero da Igreja Sírio-Malabar, com sede em Kerala, Índia, uma igreja com 3,8 milhões, e que se tornou parte da Igreja Católica Romana no ano 1956. Mas ele não aprofunda o assunto porque suas versões são estranhas à luz da realidade.
O que se sabe é que uma nominada Igreja Malakar expediu nota dizendo que o candidato é de sua grei…
De qualquer forma o que se sabe é que o nominado padre serve de apoio à campanha presidencial do PL, e da qual tem sido espécie de linha auxiliar nos debates.
CNBB EMITE NOTA
Às vésperas da eleição, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota na tarde desta sexta-feira (30/9) sobre o candidato do PTB à Presidência da República, Padre Kelmon Luis da Silva Souza.
O texto diz que “em atenção aos fiéis que enviam perguntas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), esclarecemos:
1- O senhor Kelmon Luís da Silva Souza, candidato que se apresenta como “padre Kelmon”, não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, sendo, portanto, de outra confissão religiosa, sem qualquer ligação com a Igreja sob o magistério do Papa Francisco.
2- Oportuno ressaltar que, conforme vigência na Lei Canônica, os padres da Igreja Católica, em pleno exercício do ministério sacerdotal, não disputam cargos políticos, nem se vinculam a partidos.”
A CNBB é presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo.