Redação e assessoria – A Igreja Católica decidiu colocar à frente de uma das igrejas mais importantes de Curitiba um padre que é doutor em ética social e também especialista em ações sociais nas periferias de Curitiba.
Quando as igrejas e lojas se fecharam no início da pandemia, em 2020, o padre Joaquim Parron organizou mutirões para a produção e entrega de marmitas às pessoas que viviam na vulnerabilidade social. Ao mesmo tempo, arrecadou e entregou milhares de cestas básicas às famílias fragilizadas pelo Covid-19. O sacerdote chamou a atenção da sociedade e da imprensa porque, enquanto as igrejas fechavam suas portas para evitar o Covid-19, ele, com os devidos cuidados, foi às ruas para realizar ações sociais em prol dos mais necessitados.
Até hoje, padre Parron entrega, com a sua equipe, centenas de cestas básicas nas periferias, organiza feirões de empregos e dá capacitação para os desempregados. Como ele diz, “não é apenas dar o peixe, temos que ensinar os desempregados a pescar”.
Para padre Parron, assumir o Santuário do Perpétuo Socorro não é um privilégio, mas um serviço de evangelização e promoção social dos mais sofridos da sociedade. “Jesus caminhava com os doentes, os pobres e os marginalizados da sociedade de seu tempo e anunciava a Palavra de Deus. Percebo que a minha missão é evangelizar as pessoas e promover, a partir da caridade, a solidariedade com os que sofrem. Uma Igreja somente tem êxito quando anuncia profeticamente o amor a Deus e o amor ao próximo, que muitas vezes é o excluído da sociedade”, afirma padre Parron.
Padre Parron assumirá oficialmente o Santuário no dia 14 de janeiro, numa solenidade às 10h30 da manhã, mas continuará efetivamente liderando as ações socias em diversas partes de Curitiba.
Parron: multi servo do Senhor e dos homens
Padre Parron é doutor em ética social pela the Catholic University of America, de Washington, DC, mestre em pedagogia universitária pela PUCPR, licenciado em filosofia e psicologia e graduado em teologia. Também é professor de teologia moral na Faculdade Claretiana, em Curitiba.
Por várias vezes, o Professor Aroldo Murá (in memoriam) escreveu sobre as obras do Padre Parron (que foi retratado em Vozes do Paraná 5), como nesta coluna de 2020: