A notícia comporta duas leituras. E pode ter grande impacto nos meios políticos do Estado.
A primeira delas, é muito boa do ponto de vista de transparência e de vigilância do cidadão sobre os que pretendem o voto da comunidade; a outra leitura pode desagradar enormemente boa parte dos mil cidadãos paranaenses que se candidatarão às eleições gerais deste ano, pois vai expor ao grande público a ficha corrida de cada candidato.
Quer dizer: quem tem vida correta e histórico profissional, pessoal e político acima de qualquer suspeita, só pode se alegrar com a decisão tomada pela FIEP, sacramentada na semana, na sede da instituição, tendo como outra ponta do projeto a mais respeitada ONG brasileira de avaliação da vida pública, campeã da luta contra a corrupção.
Transparência Brasil
A organização é a Transparência Brasil, liderada por Cláudio Abramo, e tem sede em São Paulo, com repercussão nacional.
A organização liderada por Abramo tem ampla repercussão, especialmente em veículos de comunicação independentes e de grande porte do país.
Na sexta-feira, o presidente da FIEP, Edson Luiz Campagnolo adiantou-me pessoalmente aspectos do projeto (já estão no site da Federação das Indústrias).
A intenção é bem clara, e tem a participação de pelo menos 30 entidades da sociedade civil, com destaque para as que compõem o chamado G7 (como FECOMÉRCIO, FIEP, FAEP, OCEPAR, FACIAP, Associação Comercial do Paraná, FETRANSPAR).
Escancarando resultados
“A ideia é que na segunda quinzena de julho possamos, com o trabalho de levantamento da ficha corrida dos candidatos, apontar aqueles que estão claramente identificados com propostas anticorrupção e compromissados com as reformas que a sociedade pede”, disse Campagnolo.
O site da FIEP será o canal em que as fichas corridas serão expostas para a avaliação do eleitor. Claro quer a iniciativa vai ajudar a desmontar pretensões e, quem sabe, mitos encarnados em certos candidatos.
E tanto quanto mostrar quem são eles, segundo a avaliação da reputada Transparência Brasil, a iniciativa da FIEP vai é mesmo identificar – a partir de respostas que os candidatos darem – quem está comprometido com reformas essenciais ao país. A primeira delas, a reforma de costumes no encarar a função pública.