Ainda da mesma área, uma reflexão:
1 | A facilidade com que se divulgam informações pessoais na internet pode ser tentadora, principalmente quando se leva em conta do desejo de “ser notado”, inato ao ser humano: aplicativos como o Foursquare, que permite a realização de “check-ins” em restaurantes e locais de festa, ou redes como o Facebook, em que se pode opinar sobre toda sorte de assunto, e compartilhar fotos do dia-a-dia, seduzem pessoas de todas as idades.
2 | Infelizmente, não seria paranoia dizer que o compartilhamento excessivo de informações é arriscado. Antigamente, assaltantes e sequestradores seguiam suas vítimas, descobrindo rotinas e tomando notas que facilitariam seus delitos (quantas pessoas moram na casa? Têm cachorro? A casa fica vazia em algum momento? Quais os trajetos percorridos pelas vítimas em potencial?). Hoje, com mais informações à disposição, o trabalho desses mal intencionados “investigadores” pode ser muito mais fácil – isso sem falar nos riscos de invasão de e-mails e contas bancárias.
Por um lado, podemos nos tornar mais notórios, agregar um “público” e colher bons frutos disso (ofertas de emprego, novos relacionamentos); por outro, fazer da nossa vida um livro aberto pode ter um preço elevado: a nossa segurança, e a de nossos familiares e amigos.