
‘Retrato no entardecer de agosto’ é um romance histórico do escritor paranaense Luiz Manfredini, baseado na experiência colonizadora do médico francês Jean Maurice Faivre que, entre 1847 e 1858, nas margens do rio Ivaí, sertão paranaense, constituiu a Colônia Teresa, uma das duas únicas tentativas de aplicar no Brasil o ideário utópico do também francês Charles Fourier, bastante difundido nas primeiras décadas do século XIX na França.
Luiz Manfredini, veterano jornalista, é também autor, entre outros livros, dos romances ‘As moças de Minas’ e ‘Memória de Neblina’. É colunista do portal Vermelho e membro do conselho editorial da revista Princípios, editada em São Paulo.
DIA 14, NO BRDE
A publicação do romance recebeu o incentivo do Grupo Positivo. O lançamento será no dia 14 de setembro próximo, das 19 às 22 horas, no Palácio dos Leões, o espaço cultural do BRDE (Avenida João Gualberto, 530).
A COLÔNIA
Vinte e três anos após chegar ao Brasil e trabalhar como médico na Corte, Faivre empenhou todos seus bens para trazer da França os 63 integrantes da colônia que organizava, pagando-lhes todas as dívidas na França, distribuindo-lhe gratuitamente lotes de terra e bancando seus primeiros anos no Brasil. As despesas do trabalho e da vida social eram divididas e, igualmente, os lucros. Ali se proibiu a escravidão, décadas antes de sua abolição o Brasil.
GIOVANNI ROSSI
O Paraná também foi palco de uma experiência social alternativa, desta vez de fundo anarquista, quando o agrônomo e jornalista italiana Giovanni Rossi criou, no município de Palmeira, a Colônia Cecília. A iniciativa, no entanto, durou pouco (1890 a 1893), terminando mergulhada na pobreza e na cerrada oposição da sociedade em torno.