Assessoria – Um aposentado que se mudou para um apartamento menor, uma profissional independente em busca de espaço para os equipamentos do trabalho, um casal de empreendedores que precisa estocar os itens da sua empresa de e-commerce. Há alguns anos, alugar um espaço vazio para armazenar itens pessoais ou do trabalho, também conhecido como self storage, era algo incomum no Brasil. Mas essa realidade tem se tornado cada vez mais presente nas grandes cidades do país.
A empresa pioneira no setor e presente com 25 unidades em 10 cidades do país, Guarde Aqui, atua desde 2006 e acompanha de perto essa evolução. Apartamentos menores e o fortalecimento do e-commerce são alguns dos principais fatores para essa mudança no comportamento do brasileiro, segundo a companhia, que cresceu 35% em EBITDA (geração de caixa) em 2022. “As pessoas buscam serviços que possam se complementar a esta nova dinâmica de vida. Nesse contexto, as soluções modernas de locação de espaços que sirvam de extensão da casa e da empresa, fugindo de formatos tradicionais de aluguel, estão crescendo e se consolidando no Brasil. Cada vez mais o público busca saber como funciona o self storage, o que se pode armazenar, os modelos de contrato e a infraestrutura”, comenta Mariane Wiederkehr, CEO do Guarde Aqui.
“Como reflexo deste movimento, temos não só um crescimento acelerado de geração de caixa, mas também taxas de ocupação e uma base instalada de clientes cada vez mais elevadas”, complementa a CEO.
Números do crescimento
De acordo com levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass) e realizado pela Brain Inteligência Estratégica, em todo o Brasil o número de empresas do setor de self storage cresceu 24% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de 202 para 250 empresas. Ainda de acordo com a associação, a tendência é que esse aumento continue em 2023 e nos próximos anos, e ainda está longe de atingir o platô.
Uma outra pesquisa, realizada pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), mostrou que a metragem média das unidades de até um dormitório na cidade de São Paulo caiu 40% em uma década, passando de 46,1 m² para 27,5 m² em 2021. Já os apartamentos de dois dormitórios reduziram mais de 13 m², indo de 57,5 m² para 42,3 m². Segundo o Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), enquanto os imóveis na década de 1970 tinham, em média, 100m², 50,8% dos lançamentos de apartamentos na capital paulista contemplam áreas entre 30 m² e 45 m².