Agência DW
A guerra na Ucrânia voltou a ser foco neste Domingo de Páscoa da mensagem do papa Francisco, que em sua bênção Urbi et Orbi pediu “ajuda ao amado povo ucraniano” e “luz” sobre o povo russo. Ele também se mostrou “preocupado” com a escalada da violência entre Israel e Palestina.
“Abra os corações de toda a comunidade internacional para trabalhar pelo fim desta guerra e de todos os conflitos que mancham o mundo de sangue, a começar pela Síria, que ainda espera pela paz”, disse o papa a cerca de 100 mil fiéis reunidos em torno da Basílica de São Pedro, na Praça de São Pedro, segundo dados do Vaticano.
Francisco, que teve alta hospitalar na semana passada após uma internação por bronquite, compartilhou sua mensagem após a missa do Domingo de Páscoa da sacada da loggia central da Basílica de São Pedro.
Como no ano passado, o papa pediu o fim da guerra na Ucrânia uma semana depois de ter rogado por uma “trégua de Páscoa” em seu discurso no Domingo de Ramos, algo que não foi alcançado.
“Ajude o amado povo ucraniano no caminho até a paz e infunda a luz da Páscoa sobre o povo russo. Conforte os feridos e aqueles que perderam seus entes queridos na guerra e faça com que os prisioneiros possam voltar sãos e salvos para suas famílias”, disse o papa.
Na Via Crucis de sexta-feira, à qual o papa não foi para se proteger do clima frio, o Vaticano incluiu uma mensagem escrita por um jovem ucraniano e outra de um russo em uma das 14 estações do percurso.
O ucraniano recordou o exílio da família e o recrutamento do pai, enquanto o russo mencionou um “sentimento de culpa” e lamentou a perda do irmão, morto em batalha, embora o gesto tenha sido contestado pela embaixada da Ucrânia perante a Santa Sé por “igualar” os dois países.