Diz a ONU que dia 15 último, o mundo completou 8 bilhões de habitantes – sendo 40 milhões de homens a mais. Mas as mulheres estão chegando. Em alguns, aqui no Brasil, elas já passaram os marmanjos. Acho bom. Com elas a coisa tende a ficar melhor.
Na metade do século passado, lá quando gente como eu nasceu, éramos apenas 2,5 bilhões. Em pouco mais de 10 anos, demos um pulo de um bi! Vários fatos concorrem ou contribuem pra esse crescimento:
A medicina, com o avanço da ciência, aumentou a idade média, deu melhores condições de sobrevivência. A higiene ficou muito, mas muito melhor. Nutrição melhor, mais balanceada.
Um dos piores cenários é de que o aumento da população ocorre onde tem mais miséria, deficiência de tudo. A Índia, hoje o segundo país em habitantes, quase um bi e meio, ano que vem passará a China, os dois terão mais de 3 bi. Só que na Índia há muita pobreza, ausência de saúde, moradia. E será na área urbana que vai ocorrer o maior crescimento. Sem infraestrutura adequada, como moradia e transporte.
E saúde pública. Mas os centros mais explosivos em crescimento populacional, não param na Índia: Congo, Nigéria, Tanzânia, Etiópia, Paquistão (quase chegando no bi!!) e o nosso Egito, que recepciona a COP27. Esses vão rapidinho pros 9 bi! Os milhares de turistas ecológicos que estão na COP27 ressalvando a presença de jatos com lobistas de poluidores do mundo avançado) quando andam nas ruas precisam usar “arranjos” provisórios pra não caírem ou se atolarem no esgoto a céu aberto.
Logo e não vai demorar, a gente deixará de citar Tóquio, Nova York, São Paulo, como cidades super habitadas. Vamos nos acostumando a ouvir Lagos, Kinshasa, Mumbai…
O G-20 (mais o G8), precisam acordar, esquecer oportunas guerras (como mandam ajuda militar, equipamentos, artefatos novos, etc. Para a Ucrânia: que laboratório no timing certo para testar coisas que estavam só nos laboratórios, nas pranchetas…) enfim, o mundo mais avançado, mais rico, tem que olhar, ajudar e ser atuante, em ações de desenvolvimento pra esses países pobres, sem estruturas adequadas.
Preservar Amazônia, Pantanal, organizar “n” COPs, com nutridos fundos políticos, não resolverá a fome, morte por desnutrição ou fomentar disputas inevitáveis em busca disso!
Na América do Norte só estão menos de 400 milhões. Aqui nas Américas, nós no meio, somos menos de 700 milhões. Esquecida de sempre, nossa mãe África já pula pra 1,5 bi.
E lá na Ásia, ainda mui desconhecida, cheia de enigmas, regimes políticos híbridos, quase 5 bilhões.
Um quarto da gente de hoje tem mais de 50 anos. Basta ver nosso INSS como exemplo. Vai aguentar esse mundaréu de velhos? Haverá dinheiro pra isso? Outro quarto ainda não chegou aos 15 anos.
Ou seja, metade tem que se virar pra sustentar nós e os infantes!
Sem muitos problemas pra gente concluir que comida, que quem produz ela, como nós aqui no Brasil, terá mais chance de encarar esse futuro.
Esses números. Meu Deus. 8 bilhões!
(*) Éricoh Morbiz foi diretor da CIC, dirigiu sindicato patronal de shoppings em Curitiba e é tido como um dos bons “olheiros do futuro” do país.