Blog do Tupan
Os deputados e senadores que integram o Centrão resistem à ideia de aprovar orçamento fora do teto de gasto, no valor de R$ 175 bilhões, para o pagamento do Bolsa Família nos próximos quatro anos como pretende a transição do governo de Lula.
No entanto, o Centrão quer “parcelar” o Bolsa Família em quatro prestações. Os parlamentares ligados às agremiações fisiológicas no Congresso Nacional desejam validar o benefício apenas em 2023 e, a cada ano, votar a proposta novamente – o que aumentaria o poder de barganha do Centrão com o governo vindouro.
A equipe de transição articula uma minuta da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) tratando do tema com limite temporal de quatro anos para o Bolsa Família de R$ 600, no entanto, há quem entenda isso como “cheque em branco” para Lula.
Durante a viagem para o Egito, Luiz Inácio Lula da Silva começou tricotar a proposta com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que integra a comitiva brasileira na COP27.
BOLSA FAMÍLIA
Bolsa Família de R$ 600 mais o bônus de R$ 150 por filho menor de seis anos de idade. Os cálculos indicam que, para cumprir a promessa do benefício de R$ 750, entre outras promessas, seria necessário fazer um investimento de R$ 175 bilhões além do teto de gastos.
O Governo Lula também cogita a retirada integral e permanente dos gastos com a transferência de renda do cálculo do limite orçamentário.
A segunda opção para a efetivação do auxílio de R$ 750 em 2023 é a negociação do remanejamento das emendas de relator do Orçamento. O intuito é convencer os parlamentares a abriram mão dos projetos apresentados, substituindo-os pelas prioridades indicadas pelo futuro governo.