Rodrigo Berté
Até o dia 18 de novembro, acontece no Egito, a 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-27), tendo como tema central as mudanças climáticas e a agenda 2050. Será um dos maiores eventos no pós-pandemia para debater, discutir e propor ações para a melhoria da qualidade de vida no planeta e, em especial, o foco central voltado ao clima e à prática dos países em fazer valer os pactos iniciados neste milênio, em destaque os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
As principais razões do debate são as mudanças climáticas, que, conforme divulgado este ano pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), apresentaram dados que preocupam os países em relação aos efeitos climáticos no planeta e às catástrofes ambientais.
Em recentes declarações, a ONU, por meio de um dos seus órgãos executivos sobre a convenção do clima, trouxe uma visão preocupante em relação às emissões, sendo que há um pacto de alcançar a neutralidade de emissões de carbono até 2050. Para se atingir a meta ambiciosa de 1,5 grau, é necessário um maior esforço de todos os países.
O apelo se deve ao fato de que, na última reunião das grandes economias mundiais, revelou-se que esses países são responsáveis por 80% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Por isso, segundo analistas globais, a COP-27 deverá acontecer sob a ótica de um cenário de pressão, para que se possam alcançar as metas do Acordo de Paris.
Segundo um importante relatório da The Nature Conservancy, “o aumento da frequência e intensidade desses eventos ameaçam a saúde e a segurança de milhões de pessoas ao redor do mundo, tanto por impacto direto quanto por consequências das dificuldades para produção de alimentos e acesso à água potável”.
Por fim, clima, adaptação e vulnerabilidade, deverão ser os temas mais debatidos e concorridos da COP-27. Não há nenhuma certeza de resultados positivos e pactos globais a partir deste importante evento, o que se debateu anteriormente a isso são os acordos celebrados para uma agenda positiva 2030 e 2050 nas questões socioambientais.
*Rodrigo Berté é Ph.D. em Educação e Ciências Ambientais, e pró-reitor de graduação do Centro Universitário Internacional Uninter.