
Ex-presidente da Câmara conseguiu deferir a candidatura ao legislativo federal no Tribunal Eleitoral paulista, mas teve a decisão contestada pelo MPE
O Antagonista e G1
O ex-presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha (PTB) terminou a eleição deste ano com 5.028. O número foi insuficiente para que ele voltasse à Casa. Ele concorria à deputado federal por São Paulo.
A candidatura de Cunha transcorreu em meio a disputas com a justiça eleitoral. Ele teve o mandato cassado em 2016, mas conseguiu liminar para suspender a decisão.
Apesar disso, Cunha conseguiu deferir a candidatura ao legislativo federal no Tribunal Eleitoral paulista, mas teve a decisão contestada pelo Ministério Público Eleitoral.

JOICE E FROTA DE FORA
Alguns nomes que apostaram no vínculo com Bolsonaro na eleição passada, e que tinham números expressivos, ficaram de fora neste ano. A mulher mais votada da Câmara Federal em 2018 com a marca de 1.064.047, Joice Hasselmann (PSDB) recebeu neste ano 13.679 votos. Na eleição passada pelo PSL e defensora do atual presidente, ela ficou atrás apenas de Eduardo Bolsonaro — que teve 1.814.443.
A jornalista, na ocasião, ficou à frente de Celso Russomanno, Kim Kataguiri, Tiririca e Tabata Amaral. Em 2019, ela chegou a ser líder do governo no Congresso em 2019. Chegou a escrever um livro sobre Sérgio Moro.
Já Alexandre Frota (PSDB) teve 24.224 votos ao tentar uma cadeira na Alesp neste ano. Em 2018, o candidato carioca era do PSL, o até então partido de Bolsonaro, e teve 152.958 votos. Foi o 17º mais votado na época.
Os 36.690 votos não garantiram o cargo a Nise Yamaguchi (PROS). Nise foi uma das principais defensoras da cloroquina e da hidroxicloroquina durante a pandemia, mesmo que pesquisas já tenham demonstrado que essas substâncias, usadas normalmente contra lúpus, malária e artrite reumatoide, não funcionam contra a Covid-19. A médica afirmava “ser muito próxima do presidente Bolsonaro”.