
Nesse último meio século, juntando final de um e começo de outro, o ser humano ficou mais exigente, mais qualificado, mais proativo. Encontra, no entanto, menos quadros condizentes, capazes de atender demandas com essas características!
Qualquer “setentão”, talvez menos, diz de imediato nomes conhecidos em qualquer área que se queira falar lá do passado! Ah! E hoje?! Difícil. Sumiram, rarearam nomes que a gente possa citar!
Certo que alguns abusaram da falta de concorrência e ficaram demais. Queen Beth por exemplo. Mas em poucos dias seu sucessor já mostrou que ela fará falta…
Eu não simpatizava com Margaret Tatcher (mas admirava) e agora cadê alguém parecido?! Frau Merkel. Será que os alemães perderam a fórmula? Na maior potencia do mundo, Reagan (não votaria nele, mas era bom!), o casal Clinton, Barack Obama! O atual inquilino da White House: quem?
Lá pros outros confins (China, Rússia) mesmo sem qualquer liberdade, não conseguiram alguém! Um é louco, capaz de usar botão proibido e o outro, focado na perenidade e incomodado com o olhar de bi e meio de curiosos.
Os católicos que veneraram Pio 12, polaco João, não se identificam com os últimos moradores da Casa de Pedro. La Bardot, Sofia, Miss Fonda….Quem hoje? Brando, McQueen, Montand, epa!!! Clint tá demais! Há exceção claro…
Nem ouso buscar Pelé, mas as Copas tinham pernas além das fronteiras: Bechkam, Rossi, Lato, Platini, etc. de chuteiras. Citemos uns hoje… O atual capitão da nossa seleção é líder dela há 14 anos! Nunca ganhou nada! Aqui ninguém sabe dele, só o Tite. C.Alberto, Dunga e Sócrates lideravam e todos torciam por eles. Inclusive eu! E não jogavam no meu time!
Por aqui, em dias votaremos pra tudo. Quase tudo. Duvido que venha uma vigorosa renovação!
Disputa acirrada no cargo maior! E não se vê nos dois líderes (só um vencerá, claro) qualidades de estadista, de líder! Capaz de arregimentar o lado vencido. Seremos uma Pátria dividida por bom tempo. Dificultando o trabalho do vencedor. Incrível, mas a metade não quer um e a metade desse não quer o outro.
Então, se pensou: fácil resolver: busquemos um terceiro, um quarto, um quadro novo, um novo líder, pronto!
Que nada, não há! Inexiste! Aqui. Acolá. Em tudo. Não basta querer!
Sabe, aquela fornada, com fogo histórico, único, chama milagrosa, inundando o mundo com cabeças novas?! Novas cabeças!
Abundância na escolha seleciona mais. Precisamos!
Não é só saudosismo.
(*) Éricoh Morbiz foi diretor da CIC, dirigiu sindicato patronal de shoppings em Curitiba e é tido como um dos bons “olheiros do futuro” do país.