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Grupo avalia que ex-ministro do governo Dilma é de difícil trato e inviabilizou diálogo com o Congresso no período do impeachment. Nomes de Pérsio Árida e Geraldo Alckmin animam setores do mercado
G1 – Andreia Sadi
Na reta final da campanha antes do 1º turno, diferente setores do mercado e do empresariado intensificaram as conversas com o QG de Lula (PT) em busca de definições ou sinalizações para um eventual ministério da Economia – caso Lula seja eleito. Mesmo sem indicações de quem seria a preferência de Lula na área, esses segmentos buscam a garantia de que um nome preocupa e gera resistências: Aloizio Mercadante, responsável pelo plano de governo do PT.
A resistência a Mercadante se dá pois ele vem como parte da velha guarda do partido. Setores do empresariado avaliam que, desse grupo do PT, não há mais outros nomes que também são rejeitados pelo mercado – caso de José Dirceu e Delúbio Soares, por exemplo, que deixaram postos de liderança do partido após o mensalão.
A volta ao poder do chamado “entorno” do PT tradicional é tratado em reuniões entre empresários e assessores de Lula como preocupante.

No caso de Mercadante, estes empresários avaliam o petista como um político de difícil trato e atribuem a ele parte dos erros cometidos pela articulação política do governo Dilma – entre 2011 e 2016, ano do impeachment.
O temor é que, com ele no posto maior da Economia, falte interlocução com o Congresso eleito neste ano – que deve reforçar o perfil conservador – para conseguir aprovar agendas de um eventual governo Lula/Alckmin e, pior: defenda a revisão de matérias importantes para o segmento empresarial.
Em conversas reservadas, os empresários que pedem estas sinalizações citam como histórico que Mercadante inviabilizou o diálogo com o Congresso justamente no período do impeachment.
No cenário traçado pelo mercado a petistas, os nomes citados como melhores opções são, por exemplo, o do economista Pérsio Arida (um dos idealizadores do Plano Real e ex-presidente do Banco Central no governo FHC) e até do candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB).
Mas o nome de Alckmin, se agrada empresários, encontra resistência por parte do PT tradicional pois a avaliação é de que ele seria “indemissível” pelo fato de ser o vice na chapa de Lula.
