Uma multidão, 350 pessoas, se alterou ao longo de quase quatro horas no salão do Palácio Garibaldi para a noite fria e chuvosa, que não foi impedimento ao brilho do encontro
Nem sempre se consegue fugir do clichê; pelo contrário, esse recurso tão condenado pelos que escrevem profissionalmente, pode ser até essencial, num dado momento, pelo seu poder de síntese. Cito-o, pois, como síntese que muitos dos 350 homens e mulheres que manifestaram na noite (dia 12), do lançamento do meu livro “Vozes do Paraná – Retratos de Paranaenses”, ocorrido no Palácio Garibaldi.
Foi numa noite chuvosa, fria – com tudo para afastar as pessoas do lançamento do livro. “Superou todas as expectativas” (expressão clichê, mas essencial, no caso), como a sintetizaram os médicos Cícero Urban e Edmilson Mário Fabbri, que acompanham os lançamentos do livro desde 2008. Eles já foram retratados pela obra. Opinião também de José Lúcio Glomb, o advogado notabilizado por ações na área trabalhista, ex-presidente da OAB-PR.
Carlos Marassi, o insuperável apresentador e mestre de cerimônias, foi a voz moderadora, apresentando os passos da festa cultural. A “dissecação” da obra, na voz de Marassi – condutor do evento – foi sendo complementada com manifestações pontuais, como as de Cida Borghetti, ex-governadora e personalidade que consegue aglutinar em torno de si uma multidão de amigos, de diversos naipes políticos. Cida coloca a magia de sua presença em todas as situações.
Claro que este texto-resumo da festa de lançamento poderá conter omissões. No entanto, a intenção é fazer retrato de um evento cultural que reuniu cerca de 300 pessoas – com entradas e saídas ao longo da noite – no Palácio Garibaldi, um espaço cada vez mais charmoso, desde que assumido por Cida Borghetti.
Boa parte do PIB curitibano esteve lá, de 18 às 22 horas. Por exemplo: o mega empresário Arnoldo Hammerschmidt, engenheiro pela UFPR, que criou e dirige um dos empreendimentos mais bem sucedidos do Paraná – a Potencial, que comercializa combustíveis e tem entre seus clientes de porte a Petrobrás. Esse cidadão lapeano esteve lá, com esposa, filhos netos, não poupando agradecimentos. Ele, para mim, é o melhor exemplo de selfmade man que conheço. Com plantas em Araucária e Lapa, a empresa de Hammerschmidt dá enorme contribuição à defesa do meio ambiente, ao ofertar biocombustível ao Brasil todo.
Outro capitão do universo empresarial é Luiz Bonacin Filho, que, com o amigo e sócio Francisco Simeão, atua em negócios que incluem as surpreendentes “indústria de construções”, como o que vão realizando em Cascavel. O objetivo do empreendimento é ofertar apartamentos de qualidade por preços justos. Simeão, felicíssimo, partilhava da mesa de Bonacin, este um tipo humano sublinhado pela empatia dos oriundi. E dividindo os louros do projeto Bom Aluno – que oferece educação de qualidade a jovens da baixa renda- com o amigo e sócio Luiz Bonacin.
Um vídeo elaborado por Marassi e executado por Wasyl Stuparik rendeu a atenção de uma plateia que parecia mesmerizada pelo simbólico da noite: o livro narra histórias de cidadãos e cidadãs que fazem a História do Paraná dos dias atuais. A história em tempo real. Impossível não mencionar três das mais gratas presenças no evento: José Lucio Glomb, o mestre Clémerson Clève (com a esposa, Marcela) e Gláucio Geara, cujo o avô, o histórico João De Mio, foi citado por Cida como o arquiteto do Palácio Garibaldi.
Ulisses Iarochinski foi outra presença de porte nacional. Paranense de origem polonesa, é um escritor aprofundado na história e cultura da Polônia. Lá ele fez doutorado, tendo de aprender a língua de seus avós diante da circunstância essencial: obter o doutorado. Hoje é um fértil analista das cultura polaca. Seu cartão de visitas traz a heráldica familiar dos “Jarosinski”. O currículo de Ulisses inclui uma dezena de livros… Nalguns deles, o Brasil centraliza as análises.
Dante Mendonça e Maí Nascimento Mendonça trouxeram a excelente contribuição da noite: as marcas de dois jornalistas que se alinham entre os poucos conhecedores profundos da história da gente de Curitiba. Ela recebeu o diploma “Grande Porta-Voz” dado por este site a vultos de Curitiba cuja vida e obra os fazem diferenciados no dia a dia da cidade. Maí, sem nunca fazer “show off”, é a profunda inventariante do histórico da cidade, de sua gente e suas realizações. Dante caminha no mesmo tom. O casal faz um par de raros memorialistas da capital.
E quem, enfim, retornando a eventos culturais, também passou por lá foram Érico Morbiz e a filha, jornalista Cathya, hoje também coach. Feliz momento de reencontro com esses velhos amigos, desde os tempos em que Érico dirigia a CIC, no primeiro mandato de Lerner na Prefeitura.
O desfile de surpreendentes personagens avançou até às 22 horas, tendo começado às 18h30. Assim, fui anotando – e notando – uma chegada de punhado de amigos: Rogéria Dotti, a sucessora e comandante do Dotti Advogados, hoje na relação dos mais importantes advogados do Paraná, lá esteve, cumprindo convite de Gustavo Scandelari (personagem de Vozes 13). Consultei sobre tê-la como personagem de Vozes 14. Convite aceito. Não posso esquecer a presença do meu amigo, sócio do Dotti Advogados, Francisco Zardo, outra das raridades da vida paranaense não dada ao “show off adotado por certos nomes do patriciado curitibano.
A mim, claro, todos os personagens de Vozes 13 são importantes e estimulantes exemplos de seres humanos. Mas foi o casal de amigos Maria Luiza Marques Dias e Antonio Felipe Wouk o que mais me chamou atenção: os dois estavam com passagens marcadas pára Lisboa, onde iriam acertar situações legais (o pai de Maria Luiza era português, e ela tem cidadania portuguesa). Cancelaram tudo para estarem presentes à entrega de diplomas Grandes Porta-Vozes com o qual o Instituto Ciência e Fé, Fidelis et Constans e este site contemplam notáveis cidadãos do Paraná.
E, por fim, quem falou em nome do pai – Leonardo Petrelli – que estava no exterior foi Mário Petrelli Neto. Mensagem de otimismo e apoio ao projeto “Vozes”. As fotos de Rodrigo Félix Leal registram momentos da noite (prosseguirá):