
Assessoria
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) está ampliando sua atuação na Ásia, na África e no Oriente Médio. De acordo com o embaixador Augusto Pestana, presidente da ApexBrasil, é fundamental a integração entre os setores produtivo e industrial com os mecanismos diplomáticos para ampliar a internacionalização dos negócios brasileiros.
“Estamos fortalecendo nossa capacidade de atuação nos continentes asiático e africano, com ações de inteligência de mercado, qualificação para exportação, promoção comercial e captação de investimentos estrangeiros. E a Índia é um país que está sendo forçado a se abrir para o mundo, pela realidade de milhões de pessoas na classe média que consomem mais, querem comer e morar melhor, o que abre muitas portas para nossa exportação de setores como a indústria de alimentos ou a moveleira”, destacou.
Estudo desenvolvido recentemente pela ApexBrasil sobre a Índia, o Perfil País, oferece uma visão panorâmica e análises sucintas sobre o mercado indiano, “permitindo às empresas brasileiras rápido acesso aos aspectos mais relevantes para comércio e investimentos. Estão disponíveis informações como oportunidades para negócios brasileiros no país, macroeconomia, balança comercial, principais concorrentes e fornecedores, governança, investimentos e acordos em comércio internacional, entre outras”.
A apresentação do embaixador brasileiro sobre o mercado asiático aconteceu nesta quinta-feira (1º), durante a abertura do segundo dia do II Seminário de Negócios Internacionais do Paraná, organizado pelo World Trade Center (WTC) Curitiba em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), no Campus da Indústria da Fiep.
Na ocasião, Augusto Pestana lembrou ainda a parceria da ApexBrasil com o empresariado brasileiro, além do trabalho desenvolvido junto à rede de consulados e embaixadas. “Quando eu soube da realização deste evento, aceitei de imediato o convite. Sempre me sinto em casa quando venho a Curitiba. Sou testemunha da qualidade dos produtos, serviços e iniciativas do Paraná, que devem ser fomentados para o mundo. E as portas da Apex estão sempre abertas para essa promoção, tanto em Brasília quanto nos escritórios que temos no exterior”.

PERSPECTIVAS INTERNACIONAIS
Reunindo cerca de 500 pessoas, entre público presencial e remoto, o seminário de negócios buscou debater as perspectivas dos negócios internacionais do Paraná. O evento trouxe um time de 35 especialistas de referência no mercado para discutir temáticas como: Impostos e Desregulamentação, Fusões e Aquisições, ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), Pessoas e Culturas e Aceleração Digital – temas do Programa de Competitividade do WTC.
Outro convidado a palestrar no evento foi Joel Reynoso, vice-conselheiro sênior para Assuntos Comerciais na Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Dentre os dados apresentados no seminário, Reynoso falou sobre a relação bilateral entre as duas nações. “Os Estados Unidos são o segundo maior destino das exportações brasileiras, e o Brasil é o 19º maior investidor nos EUA. Em 2021, tivemos recorde de 70,5 bilhões de dólares no comércio bilateral entre os dois países. Isso é fomentado por meio de um engajamento bilateral consistente, diálogo comercial, fórum de CEOs e diálogos com a indústria da defesa. Nos próximos 10 anos, o programa Bipartisan Infrastructure Deal vai possibilitar a criação de 1,5 milhão de empregos por ano com 1 trilhão de dólares investidos. É o maior programa do tipo da história dos EUA”, informou.
Para Carlos Valter Martins, presidente no Sistema Fiep, eventos de fomento ao comércio exterior e à internacionalização de empresas devem ser sempre incentivados. “Essa relação com o WTC, com representantes de embaixadas e agências de fomento produzem um ambiente muito próspero de negócios para a indústria do nosso estado.” Para ele, a ação de um agente complementa a do outro. “Por exemplo: sabemos que vinhos importados são excelentes, mas temos vinhos brasileiros e paranaenses de primeira qualidade. Sempre damos essa preferência em nossos eventos na Fiep. São ações que ajudam a incentivar e dar visibilidade à nossa indústria, em especial quando temos convidados estrangeiros.”

PAINÉIS TEMÁTICOS
A programação do segundo dia de seminário contou ainda com dois painéis temáticos sobre como a gestão de culturas e pessoas influencia os negócios internacionais, e sobre aceleração digital e inovações no comércio exterior.
Já no primeiro dia, participaram representantes do Governo do Paraná, Prefeitura de Curitiba, International Chamber of Commerce Brasil (ICC Brasil), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, por videoconferência), Copel e Invest Paraná. Também estiveram presentes Adam Patterson, cônsul honorário do Reino Unido no Paraná, e Andreas Hoffrichter, cônsul honorário da Alemanha em Curitiba. Foram realizados ainda quatro painéis mediados pelos presidentes dos grupos de competitividade do WTC, de Desburocratização, ESG e Fusões e Aquisições. São executivos c-level de empresas como Renault, Volvo, Philip Morris International, Grupo Thales, Electrolux, Digicity Tecnologia, iCities e SCGÁS.
Ao final do evento, a presidente do WTC Curitiba, Joinville e Porto Alegre, Daniella Abreu, agradeceu as empresas participantes do seminário e demais autoridades. “A indústria é o motor do Brasil, temos que estar próximos para atrair investimentos e internacionalizar nossos negócios. Afinal, são elas que movem nosso país. E o WTC Curitiba, como representante líder dessas empresas no Sul do Brasil, está sempre à disposição para fomentar eventos como esse, em nossos encontros mensais dos cinco grupos temáticos de competitividade.”
Detalhes da programação completa do II Seminário de Negócios Internacionais do Paraná estão disponíveis no site eventos.wtccuritiba.com.br .
