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Leonir Batisti, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), deu entrevista para a RICtv nesta terça-feira (19) e detalhou a operação que investiga Matheus Laiola, delegado da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente em 2019. Conforme Batisti, uma denúncia anônima deu início às apurações da equipe.
De acordo com o coordenador do Gaeco, a denúncia é de que aconteciam “acertos” na delegacia em investigações policiais não formalizadas.
“Foi uma denúncia anônima dando conta de que estariam existindo acertos na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Citava também a referida denúncia um caso específico e mencionava nome de investigador. Nós fizemos uma inicial apuração, confirmamos que os investigadores atuavam, confirmamos que na oportunidade tinham se dirigido a certo local para entregar notificação. Isso foi respaldado posteriormente quando da busca e apreensão do celular do empresário o qual continha uma notificação expedida e que tinha sido recebida pelo funcionário do empresário. O que nós constatamos também é que disso não houve formalização de investigação, ou seja, se tratava de uma investigação a parte, marginal”, explicou Batisti.
Os fatos investigados ocorreram em fevereiro de 2019 e envolvem o então delegado-chefe da unidade, Matheus Laiola, e três investigadores ligados à Delegacia na época – dois deles já se aposentaram, e o terceiro está atualmente em outra delegacia. Um quarto investigador já tinha sido alvo de mandado de busca na primeira fase da operação. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Curitiba.
