
Blog do Tupan
O Sigmuc (Sindicato da Guarda) conta que na data que completa 36 anos de atuação, a Guarda Municipal de Curitiba enfrenta sérios problemas internos, sucateamento da frota e falta de estrutura para o combate ao crime e a violência.
O sucateamento pode ser visto todos os dias nas ruas da capital do Paraná, várias viaturas entregues pela Cotrans, são de segunda mão, anteriormente pertenciam a Guarda Municipal de Itajaí, Santa Catarina, e exigindo manutenções constantes.
Estes veículos, foram entregues para a Corporação , devido um contrato de locação, mal feito que não considerou as especificações da atuação da Guarda Municipal de Curitiba…um grande retrocesso.
Isso trouxe como resultado, a falta de viaturas para atendimento de ocorrências, o que impacta diretamente na prestação de serviço a comunidade.
Outro ponto de preocupação, é o poder de policiamento de trânsito, alcançado em 2017, e que facilitou muito o trabalho dos GMs, bem como, a segurança viária em nossa cidade.
Em que pese, mais de 690 agentes da guarda atuarem com atribuição no trânsito, existe cada vez mais, ameaças de retirada desta competência, mesmo sendo mais eficiente e eficaz a atribuição nas mãos da Guarda.
É evidente que os Guardas Municipais estão inseridos naturalmente em nossa comunidade, pois atuam nos equipamentos públicos, praças, parques , fazendo o policiamento preventivo em todas as regiões da cidade.
Além do trânsito, os guardas atuem em diversas outras áreas trazendo uma eficiência muito maior ao desempenho das atividades de segurança pública no âmbito municipal.
O vencimento base da carreira da Guarda Municipal, segue sendo um dos mais baixos da prefeitura entre os cargos de nível médio, e o Plano de Carreira está congelado há 5 anos. Um enorme retrocesso.
Nem mesmo, o elevado número de mais de 100 mil ocorrências atendidas, nos dois últimos anos pela corporação, sensibiliza a atual gestão, que segue com o arrocho salarial.
Com tantos retrocessos, dezenas de agentes pediram exoneração nos últimos anos. Muitos deles, para ingressar em outras instituições de segurança pública que valorizam mais os seus agentes.
