segunda-feira, 17 novembro, 2025
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Repercutindo: Ratinho Junior: equilibrismo da nova política

Foto: Theo Marques/Folhapress

O governador Carlos Massa Ratinho Junior, fenômeno da política brasileira, não quer repetir o velho modelo nacional, aquele que, em 2018, foi o carro chefe da eleição de Jair Bolsonaro. A pregação mostrou força, e pode ser tomada por analistas do marketing político como um dos melhores resumos da política do país, hoje…

Mas Ratinho, ecumênico, já mandou dizer ao abatido Lula (conforme a mídia jornalística) que irá poupá-lo em suas falas. São amigos de famílias.

Com aceitação popular em ascensão, Ratinho Junior não é espetaculoso, não carrega criancinhas nos braços, nem corre atrás da terceira idade para envolver em suas caminhadas de governador-candidato. E só quando não parece ter outro jeito, vai a cerimônia religiosas, especialmente aquelas que não respeitam o “timing” do governante. Não tem preferência por culto religioso – embora oficialmente nascido católico romano. Nisso mostra influência paterna, a do seu pai Ratinho, o apresentador, que até poucos anos atrás expunha seu respeito por alguns vias poderosas do  catolicismo, como a devoção à Virgem.

Mas a primeira dama, sabe-se pertenceria a uma organização religiosa internacional que classifico como de cunho Milenarista: são apolíticos, pacifistas, não se alistam nas forças armadas, e se mantém fiéis a princípios como o de não se envolver com guerras; nem garantir transfusão de sangue em seus  a familiares.

Ratinho Junior tem como conselheiro e preceptor, um adventista do sétimo dia, José Carlos Ortega, alguém a quem o apresentador, o pai,  teria entregue “a solidificação da alma política” do filho, e, especialmente, ensinando-lhe a assumir posições das quais jamais se arrependeria. E assim tem sido.

Professor William: Fichamento: Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda .
“Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda

EQUILIBRISMO DA NOVA POLÍTICA (II)

Não faria mal algum aos senhores da chamada Nova Política, se dedicassem um tempo, todos  os dias, para entender como podem absorver essa nova “onda”, no Brasil explicitada a partir de 2020.

É o país da “Nova Política”? Mas que políticos do país estariam dispostos a gastar seu tempo com reflexões histórica para entender o jogo das urnas em 2022?

Ratinho Jr. não é exceção; seu distanciamento das grandes escolas da política (no Brasil, especialmente),  é parte do comportamental enraigado em nossas raízes. Ler “Casa Grande e Senzala”,de Gylberto Freire, “As Raízes do Brasil”, de Sergio de Holanda, ou conhecer o pensamento de Getúlio Vargas (por meio de seu ghost writer, Lourival Fontes) não vai refrescar muito, mas ajudará a que um candidato não chegue jejuno em debates e entrevistas.

Isso, a bem da verdade, reconhecendo que a média dos políticos, e boa parte da imprensa refletem  o raquítico interesse por um aprofundamento de nossas raízes. É oportuno assinalar: Jaime Lerner será sempre utilíssima fonte…

Recomenda-se que os senhores da chamada Nova Política, não façam como o passageiro ministro do Turismo, no governo Fernando Henrique Cardos, que trovejou mundo a fora seu irrestrito conhecimento de nossas bases sociais, históricas, etnográficas. E, imbuído desse triste “trovão”, ficou famoso no país por não conseguir que a réplica da caravela de 1500 navegasse. Mesmo depois de muitas rezas e “exorcismos” do mambembe ministro Rafael Greca de Macedo, alguém que hoje não significa nada mais que a repetição de modelos de homens públicos.

Esses senhores da política, devem abrir espaços para quem quer adotar adotar políticas maiores do que as de Rafael Valdomiro Greca de Macedo.

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