
Premiê mais longevo do Japão, Abe foi o responsável pelo rearmamento do país diante das ameaças nucleares da Coreia do Norte e da expansão da China no Pacífico
O Japão vive um dia de choque com o assassinato do ex-primeiro-ministro do japonês Shinzo Abe, morto a tiros nesta sexta-feira, 8, durante um comício em Nara, nos arredores de Kyoto, oeste do país. O suspeito foi identificado como Tetsuya Yamagami, de 41 anos. Detido, ele atribuiu o crime a diferenças políticas com o ex-premiê. A polícia, no entanto, não deu mais detalhes sobre suas motivações.
O mais longevo primeiro-ministro da história do Japão e expoente de uma família política de nacionalistas que remonta à 2ª Guerra, Abe foi o responsável pelo rearmamento do país diante das ameaças nucleares da Coreia do Norte e da expansão da China no Pacífico. Ele tinha se afastado do governo por questões de saúde, mas ainda militava no Partido Liberal Democrata (PLD).
Abe, de 67 anos, foi baleado enquanto discursava antes das eleições parlamentares, em campanha para colegas do partido, como Kei Sato, candidato à Câmara Alta do Parlamento japonês pelo distrito de Nara.
