segunda-feira, 17 novembro, 2025
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Especialista alerta sobre importância de exames oculares periódicos

Imagem de fundo de olho feita pelo aparelho Eyer. Foto: Divulgação HAC

Hospital Angelina Caron utiliza aparelho de mapeamento de retina que detecta tumores como o retinoblastoma, doenças oculares e até cardiológicas

 

Assessoria

Dia Mundial da Saúde Ocular – O acompanhamento oftalmológico deve fazer parte de toda a vida, do nascimento à terceira idade, atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento. Essa regularidade traz reflexos não só à saúde dos olhos, mas de todo o corpo, como alerta o médico Décio Brik, especialista em doenças da córnea e chefe do serviço de oftalmologia do Hospital Angelina Caron (HAC). “A avaliação ocular é responsável por uma série de diagnósticos, porque pode indicar alterações oftalmológicas, infecciosas, sanguíneas, crônicas e até neurológicas”, aponta.

Recentemente, o apresentador Tiago Leifert anunciou que sua filha de pouco mais de um ano está em tratamento de retinoblastoma, um câncer ocular raro, porém o tipo mais comum em crianças, diagnosticado com frequência durante as primeiras avaliações com um oftalmologista. Segundo o Ministério da Saúde, o retinoblastoma representa cerca de 3% dos cânceres infantis, com 400 novos casos por ano no país. Apesar de o número ser pouco expressivo, requer atenção. As alterações de fundo de olho acontecem de forma lenta e progressiva, sem afetar de imediato a capacidade de visão. Por isso, é necessário exames que verifiquem a região, prevenindo a incidência de casos de baixa visão e cegueira – afinal, o diagnóstico precoce garante 90% mais chances de cura.

NOVAS TECNOLOGIAS

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia defende a realização do “Teste do Olhinho” em todos os bebês logo após o nascimento, para detectar qualquer alteração que possa causar obstrução no eixo visual e uma possível cegueira. “Mas para confirmar ou descartar o diagnóstico de retinoblastoma é indispensável realizar a Fundoscopia, conhecida como exame de fundo de olho, que avalia a saúde do nervo óptico e da retina, estrutura localizada na parte posterior do globo ocular”, explica Brik.

O mesmo exame que possibilita o diagnóstico de retinoblastoma em crianças, também permite a visualização de veias e artérias próximas ao nervo óptico e retina, que, em adultos, podem indicar alterações relacionadas a outras doenças, como diabetes e hipertensão, mesmo que o paciente não apresente sintomas. “Diabéticos e hipertensos fazem parte do principal grupo de risco de graves doenças cardiovasculares como os AVCs. Embora poucos métodos possam precisar quando um acidente vascular é iminente, a fundoscopia pode ser essencial para o diagnóstico com um simples equipamento”, ressalta o médico.

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