
Familiares de pessoas com a Síndrome do X Frágil receberão suporte e serão atendidos por estudantes e professores do curso de Psicologia
Marlise Groth – Jornalista
O UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações educacionais de ensino superior do país – e o Instituto Buko Kaesemodel acabam de firmar uma parceria para ampliar o atendimento aos familiares de pessoas com a Síndrome do X Frágil.
Estudantes da disciplina de Estágio Básico em Psicodiagnóstico do curso de Psicologia, supervisionados por professores, vão atender gratuitamente familiares dos pacientes cadastrados no Programa Eu Digo X do Instituto Buko Kaesemodel, referência nacional no tema. Inicialmente a parceria terá o envolvimento do curso de Psicologia, mas outros cursos de Saúde do UniCuritiba poderão ser envolvidos no futuro.
A psicóloga, mestre em Educação e Novas Tecnologias e professora de Psicologia do UniCuritiba, Luisa Dalla Costa, explica que os estudantes voluntários já foram treinados e atenderão, prioritariamente, familiares dos portadores da síndrome inscritos no projeto.
“Vamos adotar um protocolo voltado ao apoio e suporte de quem convive diretamente com pessoas diagnosticadas com a Síndrome do X Frágil, especialmente mães e irmãs. Com a parceria, poderemos ampliar a capacidade de atendimento do Instituto, já que teremos, inicialmente, 16 estudantes envolvidos”, diz.

Quem reside em Curitiba será atendido presencialmente, mas o serviço será estendido também a familiares de pacientes de outras regiões do país cadastrados na instituição. Neste caso, o trabalho será online.
“Nossa expectativa é que o convênio seja muito frutífero para todos. Para nossos estudantes é a possibilidade de ampliar conhecimentos e atender em um dos institutos de maior renome no mundo dentro desta especialidade. Para o Instituto, o convênio representa a ampliação da capacidade de atendimento”, avalia a professora.
SÍNDROME DO X FRÁGIL
A Síndrome do X Frágil é uma condição do neurodesenvolvimento associada com TEA (transtorno do espectro autista) que afeta, aproximadamente, 1 em cada 4 mil homens e 1 em cada 6 mil mulheres. Poucos sabem que em torno de 2% dos autistas podem também ter uma condição genética hereditária e que aproximadamente 60% dos acometidos pela síndrome podem ter autismo associado.
Segundo Luz María Romero, gestora do Instituto Buko Kaesemodel, as mulheres são mais protegidas do que os homens por apresentarem dois cromossomos X. “Já os homens, como recebem apenas um cromossomo X, herdado pela mãe, podem ter maiores chances de serem afetados pela síndrome, caso a mãe tenha pré-mutação ou mutação completa”, explica.
