Sem definição da concessão da BR-277, não há previsão para início da construção e sequer a certeza de que o projeto divulgado será mantido
Luiz Henrique de Oliveira – Nosso Dia
A construção do Viaduto de Orleans, no entroncamento da BR-277, um pedido de anos da população de Curitiba, voltou praticamente a estaca zero, depois que ficou definida a necessidade de novas concessões de pedágio para as rodovias do Paraná. Não há previsão para início da construção e sequer a certeza de que o projeto divulgado será mantido.
Se em agosto do ano passado foi anunciada a licitação para andamento da tão esperada obra, que teve uma entidade vencedora e que iniciou os trabalhos do projeto, agora é preciso esperar. Isso porque não se tem sequer a certeza de que a empresa ganhadora do futuro certame para os pedágios vá aceitar o projeto da Prefeitura de Curitiba, que seria executado com recursos do Governo do Paraná.
O novo viaduto do Orleans busca facilitar os deslocamentos na região, que hoje tem o trânsito saturado. Pelo viaduto existente passam 3 mil veículos por hora nos picos de maior movimento.
DRAMÁTICA
A moradora do bairro Orleans, Lilian Casagrande, diz que segue a situação ‘dramática’ para quem precisa cruzar a BR-277, da Rua João Fallarz até a Toaldo Túlio. “A gente sempre vê anúncio da obra do Viaduto do Orleans e pensa: ‘Agora vai’, mas nunca vai de verdade. A última vez, com aquelas lindas rotatórias, eu achei que ia, mas não ouvi mais falar sobre”, disse Lilian.
Justamente para responder o questionamento da moradora e de outros da região, o Portal Nosso Dia entrou em contato com a Prefeitura de Curitiba, que confirmou que o projeto está parado, justamente pela nova definição da concessão do pedágio da BR-277. “O contrato para execução dos projetos de engenharia do Viaduto do Orleans, por sobre a BR-277, aguarda definições que envolvem a nova concessão das rodovias que cortam o território paranaense”, afirmou a prefeitura por meio de nota.
Ou seja, o que a Prefeitura de Curitiba diz é que o projeto precisou ser parado, enquanto não se tem uma definição sobre a nova concessão da rodovia, que deve acontecer apenas em 2023. Com isso, existe ainda o risco do projeto definido pela Prefeitura, que a empresa vencedora da licitação estava realizando, não ser aceito após a concessão, o que levaria tudo a estaca zero.
PROJETO
O projeto divulgado pela Prefeitura de Curitiba, em agosto do ano passado, apontava que a nova estrutura funcionaria como uma rotatória estendida e elevada para a ligação dos dois lados da rodovia sem interrupções. Seria melhorada a mobilidade para a integração das regiões da CIC ao Campo Comprido e Orleans com São Braz e Santa Felicidade ao restante do norte de Curitiba. O viaduto também melhoraria o acesso à BR 277 na integração metropolitana com Campo Largo.