
Por Ney Leprevost, deputado federal
“Cresci fã de Santo Antônio. Minha amada vó Cândida, quando a gente era criança, contava histórias do santo que nos faziam vê-lo como um verdadeiro super herói. “Santo Antônio falava tão bonito que até os peixes colocavam a cabeça pra fora da água para ouvir seu sermões”, contava ela.
Em sua casa, na rua Belo Horizonte, quase onde o Batel faz fronteira com o Seminário, a vó Cândida tinha uma estátua imensa de Santo Antônio. A ele, todos da família recorriam para pedir soluções dos mais variados problemas.
As amigas das minhas tias e as amigas das amigas das minhas tias, iam a casa da vó Cândida só pra beijar o Santo Antônio e pedir a ele ajuda pra arrumar um bom namorado. Que eu me lembre, quase todas foram atendidas e mantém ótimo matrimônio até os dias atuais.
Aprendi com minha avó e virou mania: Até hoje, quando perco algum objeto, chave do carro, por exemplo, peço ajuda de Santo Antônio. E, por incrível que pareça, logo encontro.
Minha outra avó, Stela, todo ano no 13 de junho levava centenas de pães para serem benzidos na igreja Santa Terezinha durante a missa de Santo Antônio. Ela os distribuía aos pobres, mas guardava um para cada membro da família comer. Segundo a tradição, quem se alimentasse do pãozinho de Santo Antônio teria saúde o ano inteiro.
Em homenagem ao santo, a vó Stela deu um jeito de colocar Antônio após o Luiz no nome do meu pai: Luiz Antônio. Minha avó Cândida fez a mesma coisa com meu tio Paulo, mandou meu avô João fazer a certidão de nascimento dele como Paulo Antônio.
Meu filho, por muito pouco, não chamei de Antônio. Queria colocar nome de santo, eu sempre tive certeza, desde o início da gravidez da Carina. Mas, acabei optando por Pedro.
Sempre achei bonito Jesus dizendo: ”Pedro tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.
O fato é que, como dizem hoje em dia, “ Santo Antônio era o cara”!
Foi amigo de São Francisco de Assis.
Teólogo brilhante, inteligentíssimo, tinha o extraordinário dom da oratória.
Era um santo a frente do seu tempo. Defendia as mulheres humildes e protegia os animaizinhos.
Distribuía alimentos para os pobres e, por isto, é considerado o padroeiro dos humildes.
Os milagres a ele atribuídos foram tantos que apenas 11 meses após sua morte ele foi canonizado. Ninguém em toda história foi reconhecido como santo tão rápido quanto ele.
Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta e até hoje ela está exposta na Basílica de Santo Antônio, em Pádua.
Que Deus abençoe todos Antônios e nos dê um pouco das virtudes do santo!”.
