
HOJEPR
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) anunciou, na última sexta-feira (10), a descoberta da ossada do menino Leandro Bossi, desaparecido em 1992 em Guaratuba. Segundo o secretário Wagner Mesquita (foto), depois de exames genéticos realizados em um conjunto de ossos em poder do Instituto Médico Legal (IML), foi possível constatar “a compatibilidade de 99,9% da amostra analisada com o material coletado da mãe de Leandro”. A revelação, no entanto, trouxe à luz mais perguntas do que respostas.
Muitas teorias foram formuladas sobre o paradeiro de Leandro Bossi desde o fatídico 15 de fevereiro de 1992, quando o menino desapareceu. Em que pese o esforço do Governo do Paraná em elucidar o caso e dar uma resposta às duvidas da família de Leandro, várias perguntas ficaram sem resposta na coletiva de imprensa da última sexta-feira.
QUEM LEVOU LEANDRO BOSSI?
O menino estava acompanhando um show de Moraes Moreira na praia Central de Guaratuba em 1992. Desde então, nunca mais foi visto. Ao longo dos anos, a teoria de sequestro foi completamente descartada já que jamais foi pedido um resgate. Em todos esses anos, a polícia nunca apresentou sequer um suspeito pelo desaparecimento.
DESDE QUANDO A OSSADA IDENTIFICADA ESTÁ EM PODER DO IML?
Esta pergunta foi feita várias vezes à equipe da Sesp que participou da coletiva de imprensa. Os jornalistas, no entanto, não conseguiram nenhuma resposta. O secretário Wagner Mesquita se limitou a dizer que seria necessário “analisar o inquérito”.

QUANDO E ONDE ESSA OSADA FOI ENCONTRADA?
Em 1993, uma ossada foi encontrada no mesmo terreno em que o corpo de Evandro Caetano havia sido localizado. Junto a esses ossos foram encontradas roupas de Leandro. Segundo se noticiou à época, apesar das roupas, esses ossos seriam de uma menina. Essa informação, no entanto, nunca foi confiramada. A Sesp não soube responder se a ossada identificada seria essa. Também não respondeu quando a ossada teria sido encontrada, onde e nem em que condições estava. Mais uma vez Mesquita respondeu que seria necessário aguardar o inquérito que, segundo ele, está em posse da Polícia Federal.
DO QUE MORREU LEANDRO BOSSI?
Outro ponto levantado pela imprensa, e que ficou sem resposta, é se o IML do Paraná teria feito exames nessa ossada e se existiria, em caso afirmativo, um laudo desse exame que pudesse apontar as causas da morte de Leandro. A Sesp não revelou se esses exames haviam sido realizados.
É possível que essas e outras respostas sejam dadas nos próximos dias. Segundo o secretário Wagner Mesquita, “as circunstâncias da morte são objeto de investigação de um inquérito policial que está arquivado há décadas.
Nos próximos momentos a Polícia Civil poderá solicitar copia do inquérito e verificar como essas provas poderão impactar em uma nova investigação”. Por ora, só se sabe que um conjunto de ossos guardados nos porões do IML são do menino Leandro Bossi.
