Certame envolveu delegações de 15 países, em disputa futebolística em Rabat, no Marrocos. Vencedores, os paulistas tem sua vitória sob contestação
Não vi uma notícia sequer, nos veículos de comunicação, nem as paginas de esportes se ocuparam do assunto: a Copa do Mundo de Futebol dos Advogados, que se realizou nas duas últimas semanas deste mês de maio, em Rabat e outras cidades do Marrocos. Também procurei – em vão – alguma referência ao tema inusitado, nos sites institucionais do mundo advocatício. Nada.
Quinze foram os países participantes. Obrigatoriedade estabelecida é de que cada seleção tivesse apenas advogados com registro nas suas respectivas “ordem de advogados”. Havia exceção: cada seleção poderia se apresentar com até dois nomes de pessoas vinculadas a área jurídica ou Magistério de Direito. No resto, cada jogador-advogado tinha que ter correta sua inscrição, seguindo os limites estabelecidos pelos organizadores da Copa do Mundo.

As seleções confraternizaram muito. Os marroquinos, gente de uma civilização de toda exemplar, mostraram que receber visitas é uma de suas especialidades. Os brasileiros, que em boa parte de seus quadros universitários têm o inglês como segunda língua “obrigatória”, se viram em dificuldades pelo isolamento linguístico.
IMBROGLIO FINAL
Como no futebol profissional, a Copa dos Advogados acabou gerando um imbróglio: a seleção dos advogados de São Paulo, que ganhou a Copa, foi apontada como tendo se apresentado irregularmente: um de seus jogadores não tinha registro da Ordem, e a situação foi para deliberação dos organizadores do certame. Por ora, informa-me José Plínio Fonseca, advogado de SP, “a seleção paulista continua aparecendo como campeã.” Os paranaenses não fizeram feio: ficaram em quinto lugar e tiveram o privilégio de conhecer a vida de um dos países que por mais tempo abrigaram, na África do Norte, a cultura francesa.
