
Por Coronel Audilene Dias Rocha
Em que pese todas as críticas ao Sistema Único de Saúde (SUS), decorrente de como é gerido em vários lugares, a realidade é que é socorro para a maioria da população. Não entraremos na ceara da gestão.
A maioria da população, talvez, desconhece que o SUS só foi criado em 1990 e por meio deste os brasileiros têm garantia de acesso integral, universal e gratuito ao atendimento à saúde. Assim, antes da Constituição de 1988, apenas aqueles que contribuíam para a previdência social tinham atendimento médico-hospitalar, centralizado e de responsabilidade federal. Quem não possuía recurso financeiro nem contribuía para a previdência social dependia, literalmente, da filantropia ou como diziam nossos pais “morria à míngua”.
Recentemente acompanhei uma adolescente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), passou pelo médico, exames de laboratório foram realizados. Fomos da UPA ao hospital municipal, de ambulância, realizou ultrassom, voltamos à UPA, para ser medicada. Com os resultados dos exames, passou novamente pelo médico para prescrição e alta. A adolescente, de certa forma, foi abençoada, conseguiu realizar todos os exames no mesmo dia e recebeu alta, sabemos que nem sempre ocorre assim.
Todos os setores que passamos, seja UPA ou hospital, estavam superlotados. A recepção da UPA, então, nem se fala. Na sala para medicação, nos semblantes eram perceptível a dor e mal-estar em alguns, notório a febre em outros, pois, tremiam. Jovens, crianças, idosos, a doença não escolhe idade.
Há clamor permanente pelo aumento de oferta eficiente e oportuno do serviço, em virtude da crescente demanda e o enorme desafio da alocação de recursos suficientes para atendimento das exigências. Sabemos que melhorias são necessárias e não questiono, mas, é importante ressaltar que a maioria das pessoas não teria acesso ao atendimento à saúde se não fosse a implantação do sistema. Lutar por melhorias é fundamental, porém, jamais podemos esquecer o quanto o SUS é essencial.
Abraços a todos(as) e que Deus os(as) abençoe!
Coronel Audilene
