
É possível que, em um tempo regido pela lógica do mercado e do consumo, os “desigrejados” estejam, na verdade, temporariamente desprovidos de uma bandeira. Essa posição facilita a eleição das melhores ofertas religiosas (para cada circunstância, cada momento) entre as muitas disponíveis, assim como trocas igualmente rápidas.
O que mudou, tenho a impressão, foi a dinâmica da relação das pessoas com a instituição religiosa. Ela, hoje, é muito mais fluida – o que, data vênia, me parece algo positivo, até porque permitiria a produção de “construtos religiosos”, ou seja, configurações de pertencimento adequadas para um dado momento da vida.
Rodrigo Wolff Apolloni – Jornalista e sociólogo
Entenda o tema:
Por que milhões de evangélicos estão abandonando suas igrejas?
