
Leitores que repercutem em favor da Prefeitura nas redes sociais ocupam polpudos cargos comissionados concedidos como “beneplácito” de Greca de Macedo
Sem dúvidas a demonstração feita por este site/Coluna, há alguns dias, de que alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo prefere radares ao invés de lombadas eletrônicas trouxe muita indignação de cidadãos que circulam na cidade de Curitiba. As inúmeras arapucas instaladas sob a vestimenta de radares têm aumentado a arrecadação da “indústria da multa”.
O que causa perplexidade é que o prefeito, servidor originário do IPPUC, local pioneiro na utilização das lombadas eletrônicas em Curitiba, não tem preferência em usá-las; quem sabe, por falta de amor às antigas ações do IPPUC? Ou, o que é também possível, porque o alcaide teme e treme diante da possibilidade de diminuição de arrecadação municipal.
“BRIGADA” COMISSIONADA SAI EM DEFESA DOS RADARES
Ampliou-se também muito a leitura deste site/coluna por parte dos servidores comissionados de Rafael V. Greca de Macedo. Na semana passada, por exemplo, após a postagem em nossa página do Facebook (também no endereço do site, na Banda B, por newsletter e Twitter) houve uma enxurrada de opiniões em defesa da administração dos radares. Claro que uma defesa orquestrada, assinada por comissionados privilegiados … Alguns deles, fazem parte da JARI (junta que aprecia multas de trânsito). E há quem jure na Prefeitura que “há dedos de Rosângela a comandar as arengas”. O quer significa que, de novo, ela seria a fiel guardiã de certos interesses do alcaide.
Assim, Rafael Greca determina que a tropa defenda a administração e a indústria da multa! Vamos repercutir alguns os comentários dos leitores:
Audrey Mello: Se todos respeitarem a sinalização de trânsito e as velocidades nas vias…não precisam se preocupar! Simples!”
Lea Hatschbach: Quando as pessoas não querem entender fica difícil argumentar. Será que você não devia se informar com os técnicos e com a quantidade de matérias já publicadas que explicam direitinho a diferença entre lombadas e radares antes de ficar falando mal da administração do prefeito Rafael Greca que tem como um dos objetivos dar aos curitibano um trânsito mais humano e seguro?”

Alvacir Gonçalves Mendes: Redutores eletrônicos de velocidade (vulgo “lombadas eletrônicas”) promovem fiscalização ostensiva visando redução de velocidade em determinado e localizado ponto da via, diferentemente dos fiscalizadores eletrônicos (popularmente “radar”) que focam vigiar e fiscalizar o cumprimento da velocidade estabelecida em trecho devidamente sinalizado com placas denominadas regulamentadoras. Equipamentos distintos. Aplicações distintas. Naturalmente, seguindo a boa prática da engenharia de trânsito e a peculiaridade de caso a caso. Curitiba já faz isso, inclusive com reforço adicional da sinalização mínima exigida pela legislação vigente, quando o caso requer”.
Os comentários pela técnica e definições utilizadas demonstram que seus emissores são da área de trânsito; e em consulta ao Portal da Transparência e ao Diário Oficial do Município de Curitiba conclui-se que são servidores que trabalham na ‘indústria da multa’. A servidora Léa Hatschbach é conhecida no meio e foi recentemente nomeada pelo Decreto Municipal 370/2022 como coordenadora das Juntas de Recurso de Trânsito pelo próprio Rafael Greca.
Apesar de obrigatória a divulgação de remuneração de funcionários públicos, não foi possível verificar o valor da gratificação de Lea. Nisso, falha o Portal de Transparência. Essa falta indica, pelo menos,
que estão querendo esconder quanta ganha Lea, ausência que marca mais uma falha da PMC no cumprir obrigações legais. Assunto, então para o MPPR.
Ou será que Greca está apenas agindo com o gato escaldado, que tem medo de água fria? Lembre-se que o Portal foi o responsável – quando ainda era transparente – por denunciar a garrafa de água mineral a R$ 29,00, valor que o alcaide pagou em 2019 em São Paulo, quando foi acolitar o assessor Lucas Navarro de Souza em sua ”luta” para conseguir visto para os Estados Unidos. Foram três dias de comilanças e beberranças pantagruélicas em endereços finos” da paulicéa.

ALVACIR, “MAIS TÉCNICO”; CASO DA ÁGUA MINERAL
O comentário que “parece” ser mais técnico vem do servidor Alvacir Gonçalves Mendes, que também ocupa alto cargo em comissão no sistema de fiscalização de trânsito. Já Audrey Mello é servidora da Junta administrativa responsável pelo julgamento de recurso de multas. Assim, entendemos a defesa destes servidores e sua emoção em defender o sistema posto. Compreende-se. Mas esse gestos não se apoiam nas normas de boa administração pública , ao fazerem defesa cega dos radares que devem estar a serviço, isto sim, do contribuinte, na medida em que exerçam um papel pedagógico.
Em alguns comentários sobre a matéria do site, é reforçada a diferença entre radares e lombadas eletrônicas. Mas o que se questiona na matéria objeto das críticas dos servidores é o abandono da utilização das lombadas, as quais têm uma utilização mais visível e educativa em detrimento aos radares (também conhecidos como arapucas, “grecaníquel” ou pardais); radares nas administrações do atual alcaide indicam apenas interesse em arrecadar com mais multas.
“O que se explica, observa o líder comunitário S.A.G., do Boqueirão, pois ilha da Fantasia com que o prefeito vive na cidade é cara. Gasta-se muito com festanças, com o Greca comandando – lembram-se? – a reinauguração da Capela da Glória com artistas vestidos com trajes do século 19, tudo para sugerir ampla imersão no tempo, na tradição, no “velho Paraná”.
Vamos ver se a gestão Greca insere no Portal da Transparência os nomes dos julgadores membros das JARIS, sua remuneração, bem como critérios de escolha deles. É o mínimo que se pode pedir ao alcaide que não se cansa de autoproclamar a suposta transparência de sua administração…
