sábado, 22 novembro, 2025
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“Escola do Belmiro” passará de mãos mantendo mesmos objetivos


A crise econômica instalada no país, com ênfase nos dias de pandemia, e inflação, decretaram mudança de mantenedora, a Fundação Honorina Valente

Uma notícia importante, e boa, por um lado, envolvendo um dos mais importante projetos educacionais sem fins lucrativos, particular e não confessional do Paraná, privilegiando alunos de contra turno e primeiro grau vai se consumar logo. Trata-se do Centro Educacional João Paulo Segundo, fundado por Belmiro Castor e Thereza Elizabeth Castor, há 12 anos. Ele  passará a ter como mantenedora a Fundação Honorina Valente, de Curitiba, que assumirá todas as funções do atual mantenedor, cujo presidente ainda é o empresário Antonio Luiz de Freitas. Fundado há 12 anos, o Centro de Educação João Paulo II, localizado em Laranjeiras, Piraquara, manteve-se até agora sem qualquer participação de dinheiro público. E atendendo em instalações modernas e qualificado corpo pedagógico, alunos de primeiro grau e contra turno.

Belmiro e Elizabeth Castor

Seus sócios contribuintes – e apoiadores – são basicamente da iniciativa privada. Dentre eles, alguns notáveis paranaenses, como o professor Ricardo Pasquini, Maurício Schulmann, Cícero Urban, Flávio Arns, João Elísio Ferraz de Campos, Jayme Canet Jr (in memoriam), Euclides Scalco (in memoriam), e a própria fundação Honorina Valente, criada por seu filho, Saul do Amaral Gurgel Valente; e tendo como apoiadores como o Colégio Bom Jesus, Antonio Luiz de Freitas, Hebert Age, Sérgio Guarita, Suzana Munhoz da Rocha, Fernando Xavier Ferreira – e outros.

Antonio Luiz de Freitas

Nos próximos dias, o Centro de Educação João Paulo II fará assembleia geral de seus associados para decidir sobre a transmissão de todos os direitos e deveres do estabelecimento, que nasceu com o propósito de oferecer ensino de qualidade (igual ao dos colégios da elite) a populações de famílias carentes, ou de baixa classe média.

Senador Flávio Arns (Foto: Beto Barata / Agencia Senado)

A preferência tem sido acolher alunos carentes, numa edificação  que atende às melhores técnicas de construções escolares- projeto de Manoel Isidro Coelho. Eu sou profundamente vinculado ao Centro de Educação João Paulo II, a começar por ter recebido em cartório – na qualidade, então, de presidente do Conselho Deliberativo da instituição – os terrenos doados pelas filhas de Belmiro e Elizabeth – Carolina Castor Lohman, e Adriana Castor. Neles se ergueu uma escola modelar em todos os sentidos. Sem influências político-partidárias. Garantindo alimentação e educação a centenas de meninos e meninas.

Jayme Canet Junior

O Centro deixará nos próximos dias de ser o mantenedor do Centro de Educação João Paulo II, “certos que estamos que a alternativa não poderia ser a melhor”, diz Elizabeth. O Ministério Público do Paraná (que cuida das fundações) deu pleno aval à mudança, dado o caráter exclusivamente sem fins lucrativos da nova mantenedora.

Fernando Xavier Ferreira. Foto: Hedeson Alves

Surpreender ver que entre os grandes doadores, que até agora mantiveram a instituição, estão profissionais, como o professor Ricardo Pasquini (doou R$120 mil no último ano), além de empresários de grande porte, como João Elísio Ferraz de Campos.

João Elísio (foto de Annelize Tozzetto)

– Fomos tragados pelos tempos difíceis, da pandemia e da inflação, que a ninguém poupam, explica Elizabeth. Ela está satisfeita com a decisão a consumar-se brevemente, “pois o espírito que norteou Belmiro continuará ampliadamente, tenho certeza”.

Sergio Guarita

O Centro João Paulo II ficou também conhecido como “Escola do Belmiro”, cuja liderança na vida empresarial e administrativa do Paraná garantiu por anos a existência da instituição.

Ricardo Pasquini
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