segunda-feira, 21 julho, 2025
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“Câmbio Verde”, obra de Lerner (2)

Gerson Guelmann (Foto: divulgação)

Ainda sobre a adoção por prefeituras paulistas, a começar pela de Santo André, do programa “Câmbio Verde”, criado em 1991, terceira gestão de Jaime Lerner na Prefeitura de Curitiba, o site recolheu depoimento de Jaime Guelmann.

Guelmann é um dos melhores intérpretes dos programas lançados por Jaime Lerner, tendo tido papel enorme no programa “Lixo que não é Lixo”, dirigindo também trabalho social exemplar, de recuperação de população de rua, na chamada FREI.

Ele adiciona, no texto, novos ângulos sobre o nascimento do “Câmbio Verde”, no depoimento que segue:

“Puxando pela memória: Em 1991, na última gestão do Jaime Lerner à frente da Prefeitura de Curitiba, participei do lançamento programa ‘Câmbio Verde’. O ‘Câmbio Verde’ surgiu quando houve uma supersafra de repolho na Região Metropolitana de Curitiba.

Na ocasião uma TV local mostrou que os agricultores estavam passando o arado nas plantações, porque os preços caíram tanto que não valia a pena colher o produto Como a Prefeitura já fazia a “compra do lixo”, trocando material reciclável por vale-transporte, o ‘Câmbio Verde’ foi implantado com grande sucesso. A população em vulnerabilidade social passou a ter acesso a outros produtos, e o programa passou a ser um ótimo instrumento de sustentabilidade ambiental e segurança alimentar. Felizmente os Prefeitos que vieram em seguida o mantiveram e ampliaram.

Há alguns anos, quando estava no Pró Cidadania, fui entrevistado sobre o Câmbio Verde pelo quadro ‘Expedições Urbanas‘ do programa ‘Como Será’ da Rede Globo: http://redeglobo.globo.com/como-sera/expedicoes-urbanas/noticia/2015/08/expedicoes-urbanas-mostra-o-projeto-cambio-verde-de-curitiba-pr.html

P.S.: Aroldo, esqueci de dizer que com o tempo e ainda na gestão do Jaime, ampliamos o atendimento da população com a troca por pescados, através de convênio com uma Cooperativa do litoral, e com granjas produtora de ovos, que traziam as galinhas poedeiras vivas para descarte.”

Gerson Guelmann

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