segunda-feira, 21 julho, 2025
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“Câmbio verde”, obra de Lerner, é adotado em cidades de SP

Foto: Levy Ferreira/SMCS

A bem sucedida experiência curitibana foi adotada
por Santo André e mais seis cidades.

 

Curitiba, que hoje chamam de “ Cidade Inteligente”, na verdade passou só a sê-lo a partir de 1971, quando Jaime Lerner fez a então provinciana Capital ter um Choque de revolução urbana, de gestão pública. A partir disso, tornou-se referencial no Brasil e exterior.

Com o passar dos anos, os curitibanos que conhecem sua cidade, foram se acostumando a identificar marcas de Curitiba em outros países e em muitas cidades brasileiras. O BRT está em Seul e também no Rio, por exemplo.  Ele foi gestado e nasceu em Curitiba pela equipe de JL.

O jornal O Estado de São Paulo deste dia 19, quarta, dá conta de que outra criação de Jaime Lerner, que ele implantou em Curitiba em 1991, como forma de envolver a comunidade das periferias em suas propostas de sustentabilidade ambiental, está sendo adotada por prefeituras do Estado de São Paulo.

Trata-se do projeto “Câmbio Verde”, da troca de recicláveis por alimentos, agora adotado como “piloto” pela cidade de Santo André na Grande São Paulo. Seis outras cidades paulistas procuram em Santo Andre informações para replicarem em seus municípios o projeto que lá, tal como Lerner concebeu o “Câmbio Verde”, vai trocando recicláveis por alimentos, verduras frutas por recicláveis.

O “Moeda Verde” que vai crescendo em São Paulo, já tendo sido replicado também em Amparo, onde, em 40 dias, a cidade arrecadou 40 toneladas de recicláveis. Administração honjeanesta, a de Santo André deu o devido crédito ao trabalho gestado em 1991 em Curitiba. O “Moeda Verde” recebe papelões,latinhas, plásticos que viram verduras e frutas.

Segundo a Prefeitura de Santo André, o projeto procura atender as metas da agenda 2030, da ONU, que prevê várias ações em 17 áreas párea acabar com a pobreza extrema e proteger o meio ambiente.

ECONOMIA INTELIGENTE

A criatividade de Lerner garantiu que o “Câmbio Verde” fosse abastecido de forma econômica e com qualidade: a Fundação de Ação Social passou a recolher diariamente verduras, legumes e frutas doa Ceasa, de boa qualidade, mas que não seriam mais comercializados.

Jaime Lechinski

A ideia ´é tão oportuna nestes tempos de pandemia, fome e desemprego, que a Frente Nacional de Prefeitos, segundo o jornal Estadão, está engajada no apoio à “novidade”. Dentre os homens públicos que viveram aqueles dias especiais do “Câmbio Verde”, o site/coluna ouviu Gerson Guelmann e Jaime Lechinski, auxiliares diretos de Lerner, e cujos testemunhos serão futuramente apresentados.

Jaime Lerner e Gerson Guelmann
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