quarta-feira, 9 julho, 2025
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CURITIBANO ENSINA CIRURGIA PLÁSTICA EM MUSEU DE VIENA

Cirurgião plástico Julio Wilson Fernandes, também pós graduado em artes plásticas na Holanda, passou 15 anos lecionando na Medicina da Universidade Positivo. Desde 2019 leciona em Viena, num curso internacionalmente referencial na área.

Curitibano, o cirurgião plástico Julio Wilson Fernandes, 61, é professor permanente do Curso de Escultura para Cirurgiões, do ‘Kunsthistorisches Museum” em Viena, posição sobre a qual ele discretamente fala.

“Julio Wilson nunca propagandeou essa sua posição de relevância médica internacional no mundo médico ou na academia.”, garante à coluna o oncologista Cícero de Andrade Urban, ex-coordenador do Curso de Medicina da UP.

Sem alardes, mas se solicitado, o médico pode abordar sua pós graduação em artes, ,especialização em escultura feita na Holanda. Por 15 anos foi professor de Cirurgia Plástica da Universidade Positiva, que o dispensou, como a centenas de outros professores, logo que a UP foi assumida pela Universidade Cruzeiro do Sul.  Dirigiu por anos a associação paranaense de cirurgiões plásticos.

Para os que podem se surpreender , indagando o que um cirurgião plástico tem a ver com artes plásticas, Julio Wilson poderá responder simplesmente com um “tudo”.

E acrescentará: “Os Cirurgiões Plásticos necessitam de uma visão particular do corpo humano que possibilite identificar a beleza e principalmente a sua ausência. Segundo Pierre Fournier, emérito Cirurgião Plástico francês e ex-aluno do “Curso de Escultura para Cirurgiões do Kunsthistorisches Museum”, em Viena, a beleza facial está relacionada com características morfologicamente infantis consciente ou inconscientemente admiradas nas faces de adultos considerados belos.

LUZ, SOMBRAS, VOLUMES

Julio Wilson explica, mais adiante: “A arte requer a habilidade de desenvolver a imaginação, e projetar o seu resultado no meio empregado antes do pigmento atingir a tela ou o cinzel penetrar o mármore; da mesma forma, o cirurgião precisa “ver” o seu resultado antes do bisturi incisar a pele.”

Completa: “O estudo da luz, sombras, volumes e proporções é, assim, diz, um valioso complemento à refinada técnica que um cirurgião precisa desenvolver ao longo da sua vida profissional.”

COMO NASCEU O CURSO

O cirurgião Wolfgang Metka, pioneiro da Cirurgia Plástica estética em Viena e ex-aluno de Picasso, Kokoschka, e  outros célebres artistas, fundou o curso no mais importante museu de Viena, há pouco mais de dez anos.

Atualmente, o curso vem sendo ministrado pela filha dele, Susanne Metka, também Cirurgiã Plástica, pela Professora de Arte Ilona Hoffmann, pelo Professor chefe de Anatomia da Escola de Medicina de Vienna, Professor Michael Pretkllieber, e desde 2019 pelo curitibano Julio Wilson Fernandes.

                         Cirurgião Plástico Julio Wilson Fernandes | Cícero Urban

ESCULTORES E ASTRÓLOGOS

As raízes da ciência e arte da Cirurgia, e especialmente da Cirurgia Plástica, estão muito antes da era cristã. Papiros egípcios de 2200 a.C. já descreviam o tratamento de fraturas nasais, enquanto reconstruções nasais eram realizadas pelos Koomas, uma casta de escultores e astrólogos indianos por volta de 1500 a.C.

As proporções áureas têm origem no escultor, pintor e arquiteto Phidias (480 a.C. – 430 a.C.) e no arquiteto Marcus Vitruvio Pollio no século I a.C., mais tarde eternizadas no Renascimento por Leonardo da Vinci em 1490. “Estética” vem do grego, significando “eu percebo” ou “eu sinto”.

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