Estatísticas indicam que RMC tem apenas 981 leitos de UTI

Com 29 municípios, a 2ª regional do SUS, que abarca Curitiba e região metropolitana, tem a maior população do estado do Paraná. Tendo como parâmetro os mesmos 10% de contaminados, 365.496 seriam acometidos, dos quais 18.274 casos graves iriam requerer tratamento intensivo com respiradores. A região dispõe de apenas 981 leitos de UTI e 1.625 respiradores.
A fonte de informação é a Superintendência de Comunicação Social da UFPR.

HOSPITAL DE CAMPANHA
O amplo estudo, apresentado pela professora Carla Straube, está no site da Universidade Federal do Paraná.
Ao mesmo tempo em que esses números são expostos (no caso, a coluna focaliza apenas as regiões do SUS Curitiba e Região Metropolitana e Litoral) especialistas em saúde pública indagam: “Por quê Curitiba ainda não instalou hospitais de campanha?”.
A pergunta deve ser encaminhada ao alcaide Rafael Waldomiro Greca de Macedo.
E o raciocínio de virologistas da Secretaria Estadual de Saúde é este: “Se nada de mais acontecer, perde-se apenas pequeno investimento. Mas se confirmadas as previsões de infectados, a falta de hospitais levará à perda de vida. E vidas não têm reposição”.
FALTA TUDO
Uma análise baseada em projeções matemáticas realizadas pela Imperial College London indica que, aproximadamente, 30 mil pessoas serão infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em todo o litoral do estado do Paraná. Destas, 19%, o correspondente a 5.643, precisarão de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos.
Formado por sete municípios, o litoral dispõe de apenas 21 leitos de UTI, situados em Paranaguá, que devem atender toda a região.

SÃO 10% DA POPULAÇÃO
O estudo feito pelo Programa Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde Litoral) partiu do princípio de que 10% da população litorânea seria infectada, observando um cenário real em que não existe uma supressão generalizada da circulação de pessoas. A análise britânica para o Brasil, que fundamentou a investigação, aponta cinco cenários diferentes, de acordo com as medidas adotadas pelo país. No pior deles, sem nenhuma mitigação na circulação de pessoas, 88% da população brasileira seria contaminada.
OUTROS PANORAMAS
Os outros panoramas comparam o distanciamento social em diferentes níveis. Com distanciamento social de toda a população, 57% seria infectada (cenário 2). Havendo distanciamento social e reforço do isolamento dos idosos, 55% seria contaminada (cenário 3). Com a supressão tardia da circulação de pessoas, 23% se infectariam (cenário 4), enquanto que a supressão precoce da circulação resultaria em apenas 5% de contaminados (cenário 5).