
A PUCPR vive tempos de otimismo, especialmente depois de o ranking das melhores universidades brasileiras denominado RUF (da Folha de São Paulo), a ter colocado como a “terceira melhor universidade particular do Brasil”. Foi em 2014.
Esse otimismo é visível especialmente na forma como o reitor da instituição, professor Waldemiro Gremski, encara o presente e, mais ainda, o futuro da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Pelo RUF do ano passado, a PUC do Rio Grande do Sul (também mantida pelos Maristas) foi avaliada como a melhor universidade particular do Brasil.
A PUCPR desenvolveu um perfil de excelência notadamente em cursos de pós graduação, com diversos mestrados e doutorados de reconhecida qualidade até em nível internacional. E dessas pós da PUCPR têm saído, também, variadas publicações para revistas e jornais científicos indexados.
Naturalmente em língua inglesa, “sem o quê, praticamente não se publica nada que importe e conte”, diz um jovem mestre da área de Engenharia da instituição.
2 – PUC DO CHILE É MODELO

O reitor da PUC, professor Waldemiro Gremski, um pós doutor em Biologia pelo Karolinska, da Suécia, e também por universidades dos Estados Unidos, estabeleceu uma rede de contínua colaboração com a PUC do Chile, sediada em Santiago.
A PUC do Chile é considerada modelar e está hoje em primeiro lugar entre as universidades da América Latina, tendo superado a USP, que há anos vinha ocupando a melhor posição neste subcontinente.
Para que se tenha uma ideia da importância disso, à Pontifícia Universidade Católica do Chile basta que se diga que seu faturamento/ano é de US$ 800 milhões. A cifra é impressionante em termos de AL e se pensarmos no PIB chileno. E mais ainda: a PUC Chile tem apenas 12 mil alunos. Não mais que 12 mil alunos.
3 – A CHAVE DO SUCESSO
A PUC Chile conseguiu essa posição respeitável voltando-se especialmente para a produção de tecnologia. Isto quer dizer que a melhor massa crítica da universidade chilena produz e vende tecnologia de ponta, em diversas áreas, para dentro e fora do país. E seus pesquisadores têm também uma consistente e sempre ampliada produção científica.
Essa parte do modelo chileno de PUC está sendo apropriado pela PUCPR, dona de um amplo e produtivo tecnoparque que se estende de Curitiba (campus Rebouças) a outros campi. E no qual estão presentes corporações como a Nokia, a Volvo, a Siemens…
4 – NOVO TECNOPARQUE
Com a desativação das aulas que a universidade desenvolvia no campus de São José dos Pinhais, no local está surgindo novo tecnoparque. Será voltado à ideia mestra que conduz o trabalho do reitor Waldemiro Gremski: produzir e vender tecnologia, especialmente pensando no grande número de indústrias da Região Metropolitana de Curitiba.
Satisfeito com as suas pós, a preocupação maior de Gremski é hoje centrada nos cursos de graduação, em busca de excelência. Até por isso estão, no momento, no Chile, professores da PUCPR colhendo o ambicionado ‘know-how” dos hermanos.
Uma coisa é certa, diz o reitor: uma universidade do porte da PUCPR não conseguirá manter-se exclusivamente de mensalidades. Daí a necessidade de vender seus serviços.