Obrigada pela postagem, caro professor Aroldo. A “elite” curitibana que concebe e aplaude tais projetos representa finamente o viralatismo nacional ao qual De Masi se refere e diz não poder compreender.
Colonizada, mesquinha e ignorante ela se identifica com o COLONIZADOR assumindo seus valores culturais como ideais e rejeitando seus próprios valores para não ser confundida com “a plebe” que ela odeia e para se manter a salvo da pobreza que ela teme com todas as suas forças, já nos ensinava Darcy Ribeiro.
CELIA SGANZERLA
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NO PRIMÁRIO
Não é na Universidade que se aprende a dominar a língua nativa – e sim antes, no ciclo primário e secundário. De preferência tendo lido, nestes anos de formação, os grandes clássicos da literatura universal (em prosa e poesia) e quiçá um pouco de filosofia, ferramentas básicas para ser alguém na vida. É indiferente que o acesso a esses conteúdos formativos seja em português – desde que em boas traduções (e sempre houve excelentes traduções literárias no Brasil).
SEMI-ANALFABETOS
Dito isso, vale lembrar que diversas instituições universitárias de ponta (ou mesmo bons MBAs) ao redor do mundo ministram suas aulas em língua estrangeira (normalmente na “língua franca” que se tornou o inglês). Não há nada de problemático em um curso universitário no Brasil ter o conceito de ministrar suas aulas em inglês e nem de longe isso poderia ser confundido com “complexo de vira-latas”. O espanto de alguns – e o comentário demagógico de De Masi – reside na dificuldade de aceitar que, no Brasil e em sua maioria, os estudantes universitários, longe de deterem as condições de aprender uma segunda língua, iniciam a faculdade como verdadeiros semianalfabetos, sem ter acumulado sequer o conhecimento básico da própria língua nativa ou da cultura de seu país.
MATHIEU BERTRAND STRUCK
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“NÃO GOSTO DELE”
Não gosto do De Masi, mas aulas em inglês num país que desconhece sua língua é uma distorção.
CASSIANA LACERDA
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A opinião do De Masi coincide com a de curitibanos ilustres com quem ele troca ideias.
FABIO CAMPANA
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Não há sentido algum em ter aulas em inglês a não ser o complexo de vira lata.
CLEUSA SAMPAIO
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DEFENDENDO
Um ótimo exemplo de complexo de vira-latas é justamente este, em si mesmo, isto é; chamar de atitude vira-latas o bom conhecimento de aulas em um idioma, que aliás, é o idioma universal. Ainda em ambiente de graduação.
“CAPITALISMO SEVAGEM”
Ou tudo que venha do país imperialista/capitalista selvagem, desses gringos metidos a besta, petulantes que só, vira coisa de Vira-latas?
Pois este senhor, o patrono do ócio, é que justamente me parece ter deixado claro necessitar de uma boa psicanálise no sentido de buscar tratar desses seus complexos de inferioridade.
Não seja assim, Domenico de Masi, além de complexado também ingrato. Mas o que é isso, buana?
BENEDICTO KUBRUSLY JUNIOR
DOS LEITORES: “COISAS DO VIRALATISMO”
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